Resumo |
A suinocultura brasileira vem crescendo significativamente, ocupando o 4º lugar no ranking do mercado internacional. Assim, fatores que venham a afetar a produtividade dos rebanhos requerem especial atenção afim de manter a competitividade da carne suína brasileira. As doenças relacionadas ao circovírus suíno (PCVAD) são consideradas uma das principais causas das perdas econômicas, sendo a Síndrome Multissistêmica da Refugagem Pós-desmame (PMWS), a principal destas enfermidades, levando ao emagrecimento progressivo, sinais respiratórios, diarreia, palidez da pele, icterícia e aumento da mortalidade. Diante esse cenário, pesquisadores da UFV, desenvolveram uma vacina recombinante para Circovirose suína (rCap-PCV-2), 100% nacional, que se justifica pelo aumento do comércio internacional de suínos, e se faz necessário para garantir a saúde dos animais, mantendo assim os padrões de exigência do mercado internacional. O experimento em questão testou a capacidade protetora da vacina por meio de análises histopatológica. Os animais em uma granja comercial, naturalmente infectada pelo PCV-2, foram divididos em 12 grupos afim de testar 12 protocolos vacinais distintos, combinando diferentes concentrações e formulações, além dos controles positivo e negativo. No fim do experimento, após o abate, os linfonodos foram coletados em quantidade representativa, sendo escolhido 10 animais de cada grupo, e processados segundo a técnica de extração em parafina e as lâminas, coradas com hematoxilina e eosina, analisadas por microscopia ótica. Para avaliação, levou-se em consideração a presença de depleção linfoide, proliferação de histiócitos, presença de célula gigante multinucleada, perda da arquitetura tecidual e ausência de centros germinativos, de modo que as lâminas foram classificadas em: sem lesões significativas (SLS), lesões leve, moderada e severa. O grupo 10 apresentou 4 amostras SLS e 6 com lesões leves, nos grupos 3, 5 e 8 houve 6 amostras SLS e 4 com lesões leves, os grupos 6 e 7 possuíram 7 linfonodos SLS, 2 com lesões leves e 1 com lesões moderadas, o grupo 4 continha 7 amostras SLS e 3 com lesões leves, já os grupos 1, 2, C+ e C- continham 8 linfonodos SLS e 2 com lesões leves, enquanto o grupo 9 apresentou 100% das amostras classificados em SLS. Considerando a associação dos achados deste trabalho e dados sorológicos e virêmicos do mesmo grupo de animais analisado em trabalho paralelo, a vacina utilizada no grupo 9 foi eleita a mais eficiente, uma vez que a ausência de lesões pode ser correlacionada a supressão da carga viral circulante e maior sorologia dos animais. |