Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4574

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Pedro Augusto Vieira de Freitas
Orientador NILDA DE FATIMA FERREIRA SOARES
Outros membros EBER ANTONIO ALVES MEDEIROS, Luciano Bertollo Rusciolelli, Mariana Leles Lamas, Thiago Quintão Silva
Título Embalagem ativa à base de quitosana incorporada com extrato de antocianinas de jabuticaba (Myrciaria jaboticaba): desenvolvimento, caracterização e aplicação em alimentos
Resumo Evitar o processo oxidativo é fundamental para se prolongar a vida útil e manter a qualidade dos alimentos. Os antioxidantes sintéticos são amplamente questionados sobre seu efeito prejudicial à saúde, pois são utilizados em excesso pela indústria de alimentos. Sendo assim, busca-se mecanismos alternativos para se controlar os processos de oxidação. Dentre as novas tecnologias, destacam-se as embalagens ativas incorporadas com antioxidantes naturais. Desta forma, objetivou-se com este trabalho desenvolver e caracterizar embalagem ativa biodegradável à base de quitosana, incorporada com extratos de antocianinas de casca de jabuticaba (EACJ) e estudar seu efeito na estabilidade oxidativa de carne suína cozida acondicionada nestas embalagens. Após a extração, obteve-se um rendimento final médio de aproximadamente 334 mL de extrato por quilograma de casca de jabuticaba. Os filmes foram produzidos pelo método “casting” incorporados com diferentes concentrações de antocianinas (CA): 0, 0,3, 0,5, 0,8 e 1,0% (m/m). A incorporação dos EACJ nos filmes resultou em aumento na espessura e na permeabilidade ao oxigênio, e diminuição da taxa de permeabilidade ao vapor d’água. As propriedades mecânicas foram influenciadas pela incorporação dos extratos: à medida que se aumentou a CA, nos biopolímeros, os mesmos se tornaram menos rígidos e resistentes, porém com maior elongação, fato atribuído à característica plastificante dos EACJ. Com relação às propriedades ópticas, os filmes apresentaram boa barreira à luz UV, e a grande parte da luz visível, tendo baixa transparência, ou seja, alta opacidade. Os biopolímeros prevaleceram na cor dos extratos, desta forma, a coloração dos mesmos tendeu para o roxo. Os filmes apresentaram aumento no teor de antocianinas e fenólicos totais com o incremento da CA incorporada, que se refletiu na maior atividade antioxidante nos tratamentos com maior teor de antocianinas. O ensaio de difusão demonstrou boa difusão dos compostos fenólicos para o meio simulante, não tendo sido estabelecido o equilíbrio. A carne suína cozida embalada nos filmes antioxidantes incorporados com EACJ apresentou maior estabilidade oxidativa. Os teores de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) a partir do tratamento com 0,5% de CA após 15 dias de armazenamento, foram inferiores aos valores considerados na literatura como limiar de rejeição do produto. Enquanto isso, para os tratamentos controle e 0,3%, este índice de TBARS foi alcançado no quarto e sexto dia respectivamente, demonstrando a eficácia do filme ativo na inibição do processo oxidativo de carne suína cozida, e consequentemente seu potencial uso na indústria de alimentos.
Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEMIG e FINEP.
Palavras-chave Embalagem ativa, antioxidante, biopolímero
Forma de apresentação..... Painel
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