Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4567

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação, diversidade e inclusão
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Nádia Marota Minó
Orientador RITA DE CASSIA PEREIRA FARIAS
Outros membros Júlia Lorrayne Moraes Campos
Título Estigmas Ao Idoso: Notas De Uma Pesquisa De Campo Em Uma Escola Pública de Viçosa/MG
Resumo Este trabalho trata de um estudo sobre representações sociais do processo de envelhecimento entre crianças e adolescentes, buscando compreender os mecanismos que possibilitam as construções sociais de estigmas sobre a velhice. A pesquisa do tipo qualitativa teve como técnicas de coleta de dados a realização de entrevistas coletivas do tipo “grupo focal” junto a 181 alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental em uma escola pública de Viçosa/MG. A escola em questão situa-se em um bairro perto do centro da cidade, porém está próxima a uma comunidade periférica com grande concentração de pobreza e tráfico de drogas. Os grupos focais aconteceram separadamente, por turma, buscando desvelar o que os adolescentes pensam sobre o envelhecimento e sobre a participação dos idosos na sociedade. Para estimular os a externar suas opiniões foram a apresentadas imagens e feito perguntas sobre os significados das mesmas. Realizou-se, ainda, entrevistas não estruturadas com os professores e pedagogos, questionando-os sobre a forma como eles trabalham com questões ligadas ao envelhecimento. Para registrar os detalhes da pesquisa, utilizou-se um minigravador, que contou com autorização dos responsáveis pela escola, além das anotações em um caderno de campo. A análise dos dados foi ponderada na forma discursiva, dando atenção à questão da subjetividade, buscando a compreensão dos significados localizados nos contextos culturais em que são produzidos (GEERTZ, 1989) e reproduzidos. De maneira geral, as respostas respostas apontaram para uma visão bastante negativa sobre a velhice, com ampla estigmatização dos idosos na sociedade, que eram vistos como inativos, feios e preguiçosos. As poucas referências positivas sobre a velhice partiram de alunos que conviviam com idosos ativos, que não se encaixam nos padrões estigmatizados. Esses alunos projetavam a própria velhice por uma perspectiva ativa. Por outro lado, aqueles que estigmatizavam a velhice, falaram que não queriam envelhecer e não se imaginavam velhos, como se fossem ser eternamente jovens. Conclui-se que, assim como a sociedade estigmatiza o idoso, o adolescente da escola investigada também o fazem, endossando o discurso pejorativo que envolve esta fase da vida. Cabe as autoridades ligadas à educação criar subsídios, políticas públicas e materiais didáticos voltados ao trabalho, nas escolas, sobre a da valorização do idoso, motivando o convívio intergeracional. Nesse processo, mostrar a importância da diversidade configura-se como uma oportunidade crucial para potencializar o processo de aprendizagem escolar e contribuir para a inclusão social dos idosos.
Palavras-chave Pesquisa de campo, educação, envelhecimento
Forma de apresentação..... Painel
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