Resumo |
Novos conceitos em alimentos impulsionam mudanças em rotulagens e nas inovações dos produtos, assim, a indústria de alimentos responde investindo em produtos diferenciados dos denominados convencionais, dispondo, no mercado, uma diversidade desses alimentos. A identificação de produtos comercializados, em supermercados regionais, que ainda não estão disponíveis em Tabelas Brasileiras de Composição de Alimentos, evidencia as novidades que mercado está disponibilizando ao consumidor, bem como se traduz numa atividade necessária para o nutricionista em prol da saúde humana. Objetivou-se identificar novos produtos com declaração de propriedade funcional e os diferenciados dos convencionais não encontrados em tabelas de composição de alimentos. A pesquisa fundamenta-se em três etapas: realização da pesquisa de campo nos estabelecimentos de duas cidades mineiras que possuem o curso de graduação em nutrição; a consulta em tabelas de composição de alimentos (TACO; TBCA-USP; IBGE; Tabela de Composição Química de Alimentos); e a construção de uma fonte de consulta, no modelo de tabela de composição, baseada nas informações nutricionais dos rótulos pesquisados dos produtos não encontrados nas demais tabelas. Dentre os 42 produtos alimentícios identificados, constata-se a diversidade de produtos cuja base provém de um mesmo alimento, como quinoa em flocos e em bebidas; arroz em grãos com variedades que são diferenciadas do convencional ou como base de bebida vegetal orgânica. Quanto às inovações tecnológicas, salientando-se a alegação de propriedades funcionais, produtos à base de farinha - banana verde, berinjela, chia, maracujá e soja - e bebidas láctea ou suco são os que mais destacaram neste quesito. Presença de produtos na condição de semi-prontos, como o feijão preto a vapor e purê de batatas instantâneo, tornam-se opções interessantes para um perfil de consumidores que visa praticidade operacional. O levantamento efetuado constitui-se em veículos de informações que deveriam ser mais explorados pelos profissionais de saúde e pelos próprios consumidores, já que a rotulagem se traduz em ferramenta para esse conhecimento, desde que analisada de forma criteriosa. Diante disso, é que a educação ou a orientação nutricional dos rótulos precisa estar em plena consonância com as inovações nutricionais e com as descobertas científicas comprovadas, considerando a rapidez quanto à acessibilidade do consumidor aos novos produtos, que acaba sendo persuadido por diversos estímulos atrelados a imagens de marketing. Isso sinaliza a necessidade da identificação desses produtos, visto que o conhecimento de suas informações nutricionais é essencial para o estabelecimento de critérios de escolhas entre produtos similares, constituindo-se numa ferramenta de utilidade para a educação nutricional do consumidor, por auxiliar nas orientações que possam subsidiar escolhas de alimentos saudáveis. |