Resumo |
Desde a Constituição de 1988 até o Plano Nacional de Educação (2014-2024), o tópico Educação Especial tem sido considerado pelos órgãos públicos em seus textos legislativos. Entretanto, percebemos a extrema necessidade da averiguação do que é posto em Lei e do que é vivenciado cotidianamente no contexto escolar. A partir da Educação Especial, contemplamos nesta pesquisa a Educação Inclusiva destinada ao atendimento dos alunos Surdos. O objetivo de nosso trabalho é a verificação da execução da legislação que, através do Art. 59, III, da LDB 9394/96, garante professores com formação adequada em nível superior ou médio aos educandos com necessidades especiais bem como professores do ensino regular capacitados para integrá-los. Como campo de pesquisa, optamos por uma escola municipal situada em uma cidade do interior da região da Zona da Mata, em Minas Gerais. A metodologia deu-se por meio da aplicação de dois modelos de questionários, um aos nove professores e aos dois atendentes especializados do aluno Surdo. Estes questionários abarcavam questões sobre a formação inicial e continuada destes profissionais, especialmente na área da educação inclusiva, e buscavam apontar justificativas para possíveis dificuldades e sugestões para suas resoluções. Grande parte dos profissionais que responderam ao questionário não se consideram plenamente capacitados para o atendimento do aluno Surdo, mesmo que tenham buscado uma formação continuada em Educação Especial. Vislumbramos, através dos resultados, um recorte da realidade educacional da região da Zona da Mata mineira, observando que não há profissionais preparados para a efetiva educação inclusiva, principalmente por não conhecerem a singularidade linguística do aluno Surdo e não terem formação continuada que garanta reparo. Mesmo com todos os avanços, ainda, existe um longo caminho a ser percorrido por professores, intérpretes, atendentes especializados e toda comunidade escolar, no intuito de que alunos Surdos usufruam de uma Inclusão consolidada. |