Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4483

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Júlia Nogueira Duarte Campos
Orientador Shaiene Costa Moreno
Outros membros Gabriela da Costa Resende, LAERCIO ZAMBOLIM, Lucas de Paulo Arcanjo, Tamíris Alves de Araújo
Título Seleção de substâncias derivadas de lactonas eficientes no controle de Ascia monuste e seletivas a Tetragonisca angustula
Resumo O controle químico é o principal método adotado para o manejo de pragas agrícolas. Neste sentido, há uma crescente demanda do mercado pela geração de novas moléculas que sejam eficientes para o controle das pragas e seletivas aos organismos não alvo. Um importante grupo de organismos não alvo são os polinizadores, os quais contribuem para a continuidade das espécies vegetais. Assim, o objetivo deste trabalho foi selecionar substâncias derivadas de lactonas que sejam eficientes a praga Ascia monuste e seletivas a abelha Tetragonisca angustula. Primeiramente, no Departamento de Química da UFV foram sintetizadas dez substâncias derivadas de lactonas: L11, L12, L19, L20, L21, L22, L25, L27, L31 e L32. Posteriormente, foram realizados bioensaios no Laboratório de MIP da UFV. Os bioensaios foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado com seis repetições. Cada parcela experimental foi constituída de uma placa de Petri contendo dez indivíduos, lagartas de 2º ínstar de A. monuste ou adultos de T. angustula. Para cada parcela contendo A. monuste foi fornecido uma folha de couve de 5 mm2, já para T. angustula foi fornecido água e cândi. Com o auxílio de uma microseringa foi realizada aplicação tópica de 0,5 µL sobre cada inseto. Após um período de 48 horas avaliou-se a mortalidade. No primeiro bioensaio, as substâncias que na dose de 107 µmol.g-1 ocasionaram mortalidade ≥80% foram selecionadas. As mortalidades obtidas foram submetidas à análise de variância e as médias agrupadas pelo teste Scott-Knott a P<0,05. No segundo bioensaio foi determinada a curva dose-mortalidade a partir da análise de Probit das substâncias selecionadas anteriormente. E por fim, a partir da DL90 estimada para A. monuste, um terceiro bioensaio foi realizado para verificar a seletividade das substâncias a T. angustula. As mortalidades obtidas foram submetidas à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a P<0,05. As mortalidades ocasionadas pelas substâncias a A. monuste apresentaram diferença significativa (F11,60 = 39,92; P<0,001) e foram agrupadas em 4 grupos pelo teste Scott-Knott. O grupo contendo as substâncias L11 e L27, juntamente com o inseticida comercial malationa, foi o que causou maior mortalidade a A. monuste. A curva dose-mortalidade da substância L27 para A. monuste apresentou a maior inclinação. Houve diferença significativa entre as mortalidades causadas pelas substâncias a T. angustula (F2,15 = 159,60; P<0,001) e a substância L11 foi agrupada pelo teste Tukey ao mesmo grupo do controle. Assim, as substâncias L11 e L27 são eficientes para o controle de A. monuste, a substância L27 é a mais tóxica a A. monuste e a substância L11 é seletiva em favor de T. angustula. Diante dos resultados obtidos, pode se verificar o potencial das substâncias derivadas de lactonas para o controle de A. monuste. Entretanto, a substância que foi mais tóxica a A. monuste não foi seletiva ao polinizador T. angustula.
Palavras-chave Novos inseticidas, Curuquerê da couve, Seletividade
Forma de apresentação..... Painel
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