Resumo |
O Programa LANDSAT lançou seu oitavo satélite em 2013, denominado LANDSAT 8, sendo este o sétimo a obter sucesso ao atingir a órbita terrestre. Este satélite trouxe consideráveis novidades em termos de produção de dados, pesquisa e mapeamento. Uma dessas novidades é a possibilidade de se obter produtos através de novas combinações de bandas espectrais, além da diminuição do erro de posicionamento devido aos novos sensores do tipo pushbroom. Assim, para o nível de processamento L1T, na qual as imagens já são fornecidas aos usuários com uma certa correção do terreno, a promessa é de que o sensor OLI apresente discrepâncias posicionais de cerca de 12 metros (CE90), possibilitando a sua utilização para mapeamentos em mesoescalas (1:100.000 e 1:250.000) sem a necessidade do usuário realizar quaisquer correção geométricas nestas imagens. O objetivo deste trabalho foi avaliar a acurácia posicional de uma imagem fusionada obtida pelo satélite LANDSAT-8 sensor OLI nível de processamento L1T, sem a realização de qualquer tipo de correção geométrica, na região da Bacia de São Bartolomeu, Viçosa - MG. Para avaliar a acurácia posicional da imagem LANDSAT8, foi utilizada uma ortoimagem IKONOS II com acurácia posicional compatível com a escala de 1:10.000, obtida do trabalho de Santos et al. (2010). Foram lançados 34 pontos de checagem, homólogos na imagem de teste e de referência, sendo realizado o processamento da acurácia posicional no software GeoPEC 3.2.1 de acordo com o padrão de acurácia do Decreto-lei n° 89.817/1984, que regulamenta as normas cartográficas brasileiras. A imagem LANDSAT 8 apresentou uma classificação planimétrica Classe B para a escala de 1:100.000, com RMS das discrepâncias posicionais da ordem de 34,7 metros. Analisando os efeitos sistemáticos da discrepância posicional da imagem LANDSAT 8, através das estatísticas espaciais Média Direcional e Variância Circular, constatou-se a presença de tendência, ou seja, há um deslocamento sistemático da imagem em relação à posição de referência no terreno. Assim, a correção por parte do usuário de uma simples translação na imagem pode proporcionar uma melhora da qualidade posicional. Portanto, é possível inferir, com base nos resultados obtidos, que as imagens adquiridas pelo satélite LANDSAT-8 sensor OLI podem ser utilizadas para mapeamentos em escala 1:100.000 ou menores sem a necessidade de se realizar correções geométricas por parte do usuário. |