Resumo |
Introdução: O envelhecimento corresponde a um processo com alterações funcionais do organismo. Alguns sistemas afetados geram alterações físicas incapacitantes como imobilidade, instabilidade postural, demências, vertigens, delírios, perda de peso, força, flexibilidade e resistência. Estas alterações aumentam a chance do idoso apresentar episódios de queda. O enfermeiro tem um papel importante na avaliação do ambiente onde o idoso vive, para que possa orientá-lo acerca da arquitetura do local e das alterações decorrentes do envelhecimento que vulnerabilizam o idoso aumentando o risco de quedas. Objetivos: Analisar a arquitetura e o risco de quedas do ambiente onde os idosos vivem e frequentam. Metodologia: pesquisa descritiva e exploratória realizada em uma instituição de longa permanência filantrópica e de curta permanência privada, localizados no município de Viçosa, Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada em maio de 2015 utilizando-se um questionário estruturado direcionado para os profissionais e idosos das instituições. Além disso, foi feita uma vistoria do local a fim de analisar a arquitetura, estrutura física e risco de queda que o ambiente proporciona aos idosos. Resultados: Comparando-se os locais visitados foram percebidas diferenças em relação à arquitetura local e o número de quedas. Observou-se que ambas as instituições fizeram adaptações estruturais no ambiente, como instalação de corrimões, rampas e piso antiderrapante. Entretanto, notou-se que a instituição particular se mostrou mais adaptada às necessidades do idoso, pois possuíam instalados assentos elevatórios nos vasos sanitários e a manutenção do piso é realizada regularmente, diferente da filantrópica onde a manutenção não ocorre com frequência. Quanto ao número de quedas, observou-se maior índice na instituição filantrópica, fato que pode ser justificado pelas condições físicas e de maior dependência dos idosos institucionalizados, muitas vezes acometidos por doenças crônicas, demências e imobilidade. Já na instituição privada, o idoso vive de forma mais independente, apresentando-se mais saudável e com mobilidade preservada. Diante dos achados, percebeu-se a necessidade de elaborar e distribuir um folder explicativo direcionado aos idosos de ambas as instituições com informações sobre os cuidados que os mesmos deveriam tomar para diminuir ainda mais o risco de queda como a utilização de sapatos antiderrapantes, prática de atividades físicas e utilização correta de medicações. Conclusão: Observa-se a importância da adaptação arquitetônica para a diminuição do risco de quedas em idosos. Algumas mudanças no ambiente em que vivem ou frequentam são necessárias como, instalação de corrimãos e rampas, adaptação para piso antiderrapante, deixar o ambiente livre de objetos e móveis, barras no banheiro, instalação de assento elevatório e outros. Cabe ao enfermeiro atentar-se para o ambiente em que o idoso vive e/ou frequenta a fim de torná-lo o mais seguro possível. |