Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4445

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Fontes e produção de energia
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Matheus Perdigão de Castro Freitas Pereira
Orientador ANA MARCIA MACEDO LADEIRA CARVALHO
Outros membros Clarissa Gusmão Figueiró, Fernanda Barbosa Ferreira, Jéssica Dornelas Soares, Lucas de Freitas Fialho
Título Efeito da temperatura de torrefação na análise elementar de cavacos de eucalipto
Resumo A biomassa, no Brasil, é constituída em grande parte de madeira que, quando empregada para geração de energia na forma de calor, pode ser consumida diretamente (madeira em tora ou cavacos). Entretanto, a madeira tem algumas características que dificultam seu uso como combustível, tais como alto teor de umidade, baixo teor de carbono fixo e o fato de ser um material heterogêneo. Diante disso, é necessário buscar o uso mais eficiente desse combustível, melhorando sua competitividade no mercado. Uma alternativa seria a torrefação, um tratamento térmico em temperaturas controladas e baixa oxigenação, capaz de produzir um material com propriedades energéticas melhores que o material in natura. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da temperatura de torrefação nas propriedades elementares de cavacos de eucalipto, visto que estas propriedades possuem relação direta com o poder calorífico do material. Utilizando uma mufla contendo um recipiente de aço inox dentro, os cavacos de eucalipto foram submetidos a quatro tratamentos com temperaturas de 150, 200, 250 e 300 ºC. Os cavacos de madeira permaneceram nestes patamares de temperatura por dez minutos. Foram realizadas análises dos cavacos torrificados e in natura. Os resultados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e quando estabelecidas diferenças significativas entre eles, aplicou-se o teste Tukey, a 95% de significância. Neste trabalho, em comparação à testemunha, encontrou-se para o teor de carbono um aumento percentual de 8 e 22% para os tratamentos de 250 e 300 ºC, respectivamente. Este aumento de carbono contribui para a elevação do poder calorífico do material, sendo desejado no uso energético. Em comparação à testemunha, o teor de oxigênio sofreu redução de 22% para o tratamento de 300 ºC. Este comportamento foi quisto, uma vez que o oxigênio contribui negativamente para o poder calorífico do material, visto que estes elementos formam ligações mais fracas, portanto, liberam menos energia ao serem quebradas. Os tratamentos de 250 e 300 ºC também apresentaram diferenças significativas para os teores de hidrogênio, apresentando redução de 8 e 17 %. Apesar deste comportamento não ser o ideal, acredita-se que, frente as outras modificações elementares, esta será insignificante na alteração do poder calorífico do material com o aumento da temperatura de torrefação. Encontrou-se baixos teores de nitrogênio e enxofre em todos os tratamentos, indicando que estes são ambientalmente vantajosos, pois o N e o S podem formar gases tóxicos quando submetidos à queima. Com este trabalho, concluiu-se haver relação positiva entre o aumento da temperatura de torrefação e o teor de carbono, e negativa para os teores de oxigênio e hidrogênio. Os teores de nitrogênio e enxofre não sofreram alterações com a variação de temperatura. Sendo assim, a torrefação demonstrou-se um método eficaz energeticamente.
Palavras-chave Biomassa, energia, tratamento térmico
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,60 segundos.