Resumo |
A olericultura caracteriza-se como uma das atividades agrícolas que apresentam um intenso manejo do solo, o que pode resultar em um considerável impacto ambiental. Dessa forma, cultivo consorciado surge como uma alternativa à obtenção de produtividades satisfatórias, ao mesmo tempo em que promove o aumento da eficiência do uso dos recursos ambientais nas áreas utilizadas para a produção de hortaliças. O objetivo do trabalho foi verificar a viabilidade agronômica e econômica da associação taro e milho verde, em três épocas de plantio, seguido da associação taro e feijão-vagem em três épocas de plantio após a colheita das espigas verdes do milho. O experimento foi conduzido a campo, na Horta do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa, constando de 12 tratamentos resultantes de três cultivos consorciados do taro com milho verde, estabelecidos ao 0, 14, e 28 dias após o plantio do taro, e de quatro monoculturas, sendo três do milho verde, todas estabelecidas na mesma época dos cultivos consorciados com o taro, e de uma monocultura do taro. Além desses, mais dois tratamentos utilizando-se o consórcio do taro com feijão-vagem aos 150 e 164 dias após o plantio do taro, e de duas monoculturas de feijão-vagem, na mesma época dos cultivos consorciados com o taro. Nos tratamentos com feijão-vagem, as plantas de milho colhidas anteriormente ao plantio do feijão-vagem serviram de tutor para a cultura; além desses, houve um tratamento com cultivo solteiro de feijão-vagem, no qual utilizou-se tutores confeccionados com bambu. O delineamento experimental empregado foi o de blocos casualizados, com cinco repetições. Foram avaliadas as produtividades das três culturas, o Uso Eficiente da Terra (UET) e as rendas bruta e líquida. A determinação dos custos de produção dos cultivos foi realizada com base no custo operacional de produção. Os dados foram submetidas à Análise de Variância pelo teste F, as médias comparadas entre si pelo teste de Tukey e de cada tratamento ao controle pelo teste de Dunnett aos níveis de 5 e 10% de probabilidade com auxílio do programa estatístico SAEG 9.1. As produtividades total e comercial de rizomas de taro apresentaram médias estatísticas superiores no cultivo solteiro, assim como as produtividades de milho verde e de feijão-vagem, respectivamente aos 0 DAP e 150 DAP. Todos os consórcios foram eficientes, com UET > 1,0. Apesar do tratamento de taro em monocultivo ter apresentado maior produtividade que em consórcio, os tratamentos em sistemas consorciados proporcionaram maior eficiência econômica, com destaque para o consorcio taro e feijão-vagem aos 164 DAP. |