Resumo |
Devido à grande disponibilidade de diversas biomassas e resíduos florestais e agrícolas no Brasil a produção de energia pela queima dessas biomassas é a opção mais viável. A madeira de pinus e resíduos gerados a partir da torrefação do café destacam-se devido à grande produção no país. Porém a biomassa residual tem baixa densidade, alta umidade e é heterogênea, dificultando seu uso direto como combustível sólido A peletização é a mais recente técnica utilizada no Brasil para compactar essa biomassa, gerando um material granulado denominado de pellet, de alta densidade energética. Com isso este trabalho teve como objetivo geral avaliar o potencial das biomassas compostas por resíduos da torrefação do café (Coffea arábica L.) e madeira de Pinus para a produção de pellets. E como objetivos específicos obter o potencial energético da madeira de Pinus e do resíduo da torrefação do café, produzir e avaliar pellets produzidos em diferentes proporções de resíduo da torrefação do café à composição das partículas de Pinus para produção de pellets e classificar os pellets produzidos de cada tratamento de acordo com as normas europeias de comercialização. Foi analisado o teor de umidade em base seca, densidade a granel, materiais voláteis, teor de cinzas, carbono fixo e poder calorifico das biomassas. Foram produzidos pellets a partir de biomassas na madeira de pinus e de resíduos da torrefação do café em umidade pré-determinada em diferentes proporções, posteriormente, foram determinadas suas propriedades físicas, químicas e mecânicas. Os resultados foram comparados com as normas europeias de comercialização. Observou-se que o resíduo do café contém um elevado teor de cinzas, o que pode ocasionar o aumento da corrosão de equipamentos de queima e redução do valor de mercado, além do menor poder calorífico em relação aos outros tratamentos. Nenhum tratamento atendeu a norma Europeia na sua totalidade. No entanto, todos os tratamentos proporcionaram a produção de pellets com propriedades físicas, químicas e mecânicas que permitem o seu uso, no mercado nacional, tanto para consumo residencial quanto industrial. |