Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4420

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Cidadania, inclusão social e direitos humanos
Setor Departamento de Ciências Sociais
Bolsa PIBID
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Soraia Aparecida Monteiro
Orientador MARCELO JOSE OLIVEIRA
Título O difícil processo de inclusão de surdos na educação regular
Resumo A temática da inclusão escolar ainda gera um grande debate, em especial no ambiente escolar. Embora assegurado pelas políticas educacionais para a educação especial, LDB 9.394/96 art. 60, que estabelece “como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino”, essa inserção ainda se dá de uma forma muito desigual. É previsto ainda, por lei, o atendimento desses estudantes, com serviços de apoio especializado. Um desafio que se coloca para a efetiva inclusão é a falta de preparo da escola, especialmente dos professores. Mesmo sem preparo qualificado, muitas escolas recebem alunos com deficiência auditiva, é o caso da E. E. Effie Rolfs – Viçosa MG. A escola recebe um estudante surdo que conta com o auxilio de um intérprete. Nesse sentido, a formação inicial é um importante momento na formação docente, pois é o espaço que o futuro professor tem para vivenciar situações que provavelmente enfrentará na sua práxis pedagógica. De acordo com o exposto, o PIBID de Sociologia possibilita essa experiência ainda enquanto estudante em formação. O objetivo deste estudo é entender e problematizar como se dá esse apoio especializado e o papel da escola na educação de alunos surdos. A metodologia adotada foi a observação participante, estando a bolsista inserida na escola e na sala de aula do aluno em questão. Esse estudante é portador de deficiência auditiva profunda, usuário de aparelho de amplificação sonora, apresenta linguagem verbal oral-português e domínio da língua de sinais (LIBRAS). As observações apontam para as dificuldades de falar em inclusão de deficientes auditivos. Uma das principais dificuldades é a comunicação, e nenhum professor, dos observados durante as atividades do Projeto, se comunica através da Libras; o que, por si só, também não seria suficiente. Esse desconhecimento gera um desencontro entre a mensagem passada pelo professor e o que de fato chega ao aluno, já que no processo de tradução muitas informações se perdem ou se deturpam. O intérprete, por não possuir o conhecimento especifico de cada disciplina, traduz o que é dito pelo professor de acordo com seu próprio conhecimento. Não há, também, preocupação por parte do professor em manter um contato visual com o aluno, e isto se dá muitas vezes pela falta de preparo em trabalhar com estudantes surdos. Percebe-se a importância de ter cuidado e atenção, pois, o tratamento de uma pessoa surda deve ser igual ao de qualquer outra, todavia, com peculiaridades diferenciadas: é necessário que ela se sinta bem e perceba que as possibilidades do ensino são múltiplas para todos, ouvintes ou não. Entende-se, por essas razões, que os olhares quanto às questões da língua, identidade e cultura surda continua carente de atenção, cuidado e reparos. As práticas educativas devem ser realizadas de forma que levem ao aluno a verdadeira aprendizagem seja ela através da escrita da língua portuguesa, ou através da Libras.
Palavras-chave Inclusão, surdos, apoio especializado
Forma de apresentação..... Painel
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