Resumo |
Pretende-se, com este trabalho, problematizar a utilização da biblioteca, na escola Estadual Dr. Raimundo Alves Torres (ESEDRAT), Viçosa-MG. A motivação para tal pesquisa surgiu de nossa inserção na Escola, em função do projeto do PIBID - Sociologia, UFV. A escola é situada numa região conhecida como “Morro do Pintinho”, grande parcela de seus estudantes são de baixa renda. Neste sentido, acredita-se que poucos alunos possuem recursos disponíveis para compra de livros e revistas. A biblioteca local seria um espaço privilegiado para leitura e empréstimo de livros, sendo o principal e por vezes, a única possibilidade de acesso destes estudantes a livros. Muitos deles moram em bairros mais distantes da escola e a biblioteca tem o potencial de tornar-se não só espaço de leitura, mas também um importante ponto de encontro e troca de informações. Sabe-se que uma biblioteca proporciona possibilidades amplas de conhecimento e acesso a informações, bem como potencialidade de interação entre grupos de alunos que são oriundos de regiões diferentes da cidade. A escola, em questão, recebe o excesso de contingente de alunos que não são atendidos pelo zoneamento escolar. Assim, a interação de estudantes que vêm de diferentes regiões de Viçosa poderia ser potencializada pela biblioteca. A biblioteca, denominada “Terezinha Mucci”, fica localizada na parte central da escola, num ponto de grande fluxo de pessoas, pois está localizada em frente a cantina e próxima ao portão de entrada. O nome da biblioteca é em homenagem à ex-professora da UFV e membro da Academia de Letras de Viçosa, Terezinha Mucci. Depois de visitas regulares à escola, trabalhando no PIBID - Sociologia, tivemos o anseio de verificar a importância e a relação dos estudantes com a biblioteca, visto que ela possui um riquíssimo acervo de livros que estão à disposição dos alunos. Então, analisar como a biblioteca lida com as demandas da escola e, principalmente, se as suprem foi o que nos motivou à realização deste trabalho. Resultados preliminares indicam pouca utilização do espaço e, por vezes, a biblioteca se torna espaço de “castigo” para estudantes de comportamento inadequado. |