Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4389

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Meio Ambiente e Conservação da Natureza
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Diogo Sena Baiero
Orientador SEBASTIAO VENANCIO MARTINS
Outros membros Frederico Pozenato Moreira de Oliveira, Luiz Fernando Negris Gardioli, Vinicius Giudice Tavares Ayres, Vinícius Nogueira de Sousa
Título A fragmentação e seus efeitos sobre a resiliência de florestas tropicais
Resumo Um dos maiores riscos à biodiversidade global tem sido a fragmentação contínua da cobertura vegetal natural. A fragmentação é um problema significativo em florestas tropicais, onde as relações biológicas possuem uma complexidade singular, e tem sua origem no isolamento de remanescentes florestais, principalmente, em virtude do desmatamento. A compreensão de como os atributos funcionais e biológicos dos ecossistemas são afetados pelas comunidades fragmentadas é crítica especialmente em planos de restauração. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi descrever as consequências da fragmentação e seus efeitos na resiliência de florestas tropicas, obtidas por meio de literaturas especializadas no período de setembro a novembro de 2014.
A fragmentação do habitat e o desmatamento são distúrbios amplamente estudados que afetam os ecossistemas florestais tropicais. Ambos têm sido fatores que alteram drasticamente a estrutura e a dinâmica de populações arbóreas, direta ou indiretamente. No entanto, podem haver outras atividades potencialmente impactantes à vegetação. Como aquelas consequentes do corte da vegetação primária ou secundária para a formação de pastagens, assim como, a extração seletiva de madeira, que têm sido menos estudadas.
Consequências dos efeitos negativos da fragmentação do habitat incluem maior competição com espécies florestais secundárias, especialmente na bordadura de fragmentos. Este efeito de borda no nível de comunidade, também pode impactar a dinâmica da população arbórea através de uma maior intensidade de luz, distribuição alterada de polinizadores, dispersores e aumento da mortalidade de árvores. Assim, a fragmentação tem, na maioria dos casos, um impacto negativo sobre a demografia de árvores em habitats remanescentes.
Estudos têm demonstrado que as florestas com maior composição de indivíduos e diversidade estrutural tendem a resistir mais facilmente perturbação, mais rapidamente recuperaram a composição anterior a perturbação, e, em alguns casos, são mais produtivas.
A colheita de madeira por corte seletivo de árvores, também conhecida como manejo predatório quando supera a capacidade de regeneração das espécies, tem efeitos diretos sobre a resiliência. Esta intervenção é relatada como uma perturbação negativamente impactante em florestas tropicais prejudicando resiliência nestes ecossistemas, especialmente se considerar espécies de árvores com alto valor de mercado. Em comparação com a fragmentação ou corte raso, o corte seletivo poderia ser manejado de forma a garantir a viabilidade da população.
Assim, a fragmentação do habitat e desmatamento têm sido os distúrbios mais estudados que afetam árvores em climas tropicais. Da mesma forma, o corte seletivo é relatado como uma perturbação impactante em florestas tropicais prejudicando resiliência nestes ecossistemas.
Agradecimentos ao CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e ao Prof. Dr. Richard Harris - Curtin University of Technology.
Palavras-chave biodiversidade, perturbação, restauração
Forma de apresentação..... Painel
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