Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4387

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Mídia e comunicação
Setor Departamento de Comunicação Social
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Caroline Andrade Santos Bacelar
Orientador HENRIQUE MOREIRA MAZETTI
Título Brasil Post e a difusão da cultura terapêutica no jornalismo digital
Resumo "8 tweets de Dalai Lama que prometem mudar sua perspectiva”, “6 desenhos alternativos do mundo inteiro para abrir a cabeça do seu filh@”, “7 cuidados diários que melhoram a postura corporal (e você precisa cultivar). Estes são alguns dos títulos de matérias e colunas que puderam ser encontradas apenas no dia 9 de julho de 2015 na página principal do Brasil Post, um dos principais portais de webjornalismo do país. Versão brasileira do renomado jornal digital norte-americano Huffington Post, o Brasil Post entrou ao ar no dia 28 de janeiro de 2014 com a promessa de fazer jus às mais recentes lógicas da comunicação em rede a partir de um jornalismo participativo, democrático, próximo ao seu público, feito para ser compartilhado e iniciar conversas. Para autores como Gillmor (2006), Lemos e Lévy (2010) e Shirky (2011) essas características assinalam um processo otimista de horizontalização da produção noticiosa. Entretanto, pode-se também observar que as funções sociais e tradicionais do jornalismo podem estar cedendo espaço, na web, para outro âmbito comercial bem-sucedido: a autoajuda. Dessa forma, a presente pesquisa de iniciação científica busca investigar a possível expansão do que identificamos como cultura terapêutica no jornalismo digital. O objetivo do trabalho se estende também em analisar como o Brasil Post incorpora em suas escolhas editoriais o chamado jornalismo de autoajuda, isto é, matérias que privilegiam o aconselhamento em relação à administração da vida privada dos leitores. Para a realização da pesquisa, o primeiro momento foi dedicado a uma reflexão sobre compartilhamento de notícias nas redes sociais, cultura terapêutica e jornalismo de autoajuda a partir da revisão bibliográfica de autores como Freire Filho (2010, 2011), Illouz (2011), Rieff (1990[1966]), Rublescki e Silva (2012), Sennett (1988[1978]) e Vaz (2012). Após esta etapa, foi feito um primeiro levantamento exploratório sobre as matérias de autoajuda publicadas no site do Brasil Post seguido de uma análise sobre dados de curtidas e compartilhamentos dessas reportagens, informações que o próprio site do webjornal fornece ao leitor. Uma primeira impressão dessa coleta de dados nos direciona o olhar para uma possível preferência dos leitores em consumir e compartilhar matérias que se encaixam no jornalismo de autoajuda. Sendo assim, este trabalho, que ainda está em andamento, identifica como resultado parcial uma tendência dos moldes jornalísticos da web em preferir matérias que visam problemas privados dos leitores – a família, o trabalho, a saúde – em detrimento do caráter social do jornalismo. Para as próximas etapas dessa pesquisa, buscaremos identificar e categorizar quais são esses moldes do jornalismo de autoajuda não só no site do Brasil Post como também em sua página da rede social Facebook, no intuito de investigar as práticas do compartilhamento de informações entre usuários na rede e suas possíveis relações com as matérias de autoajuda.
Palavras-chave Cultura terapêutica, jornalismo de autoajuda, jornalismo digital
Forma de apresentação..... Painel
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