Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4378

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Agricultura, agroecologia e meio ambiente
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBEX
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG, MEC, UFV
Primeiro autor Letícia Gamarano Pires
Orientador PAULA DIAS BEVILACQUA
Outros membros Arliciene Rodrigues de Souza, Brenda de Araújo Dantas Jorge, Eduarda Lopes Ferreira, Sílvia Dantas Costa Furtado
Título Criação de Suínos da Raça Piau em Propriedades Familiares Agroecológicas
Resumo Diante do atual modelo de produção da suinocultura, a criação animal na perspectiva agroecológica se apresenta como alternativa para agricultores/as familiares que buscam soberania e segurança alimentar. O presente trabalho foi desenvolvido pelo grupo de extensão Animais para a Agroecologia a partir de uma demanda surgida em atividade de alternância do curso de Licenciatura e Educação do Campo da UFV. Assim, partindo do interesse de um aluno que também é agricultor no município de Divino, e de um agricultor do município de Pedra Dourada, foi viabilizada a doação de um terno (um macho e duas fêmeas) de suínos da raça Piau a cada agricultor, através do projeto de preservação dessa raça conduzido pelo Departamento de Zootecnia/UFV. Aos agricultores, caberia criar os animais em sistemas agroecológicos e participar de atividades de difusão da raça; ao grupo Animais para Agroecologia, caberia o acompanhamento técnico e a coordenação das atividades de difusão da raça Piau. O acompanhamento dos animais é realizado mensalmente, e são abordados temas sobre nutrição/alimentação, instalações, saúde/sanidade e bem estar dos animais. Em relação à disseminação da raça, o Grupo está realizando o mapeamento de famílias interessadas na criação de porco caipira, através de entrevistas semiestruturadas. Um dos agricultores não conseguiu substituir totalmente o uso de ração comercial, possivelmente devido ao excesso de compromissos, já exerce funções no Sindicato de Trabalhadores Rurais de Divino e era graduando no curso de Licenciatura e Educação no Campo, sendo sua dinâmica na propriedade diferente do agricultor de Pedra Dourada, que desde que recebeu os animais (outubro de 2014) utiliza alimentação orgânica. Um problema identificado, foi a demora na apresentação do cio pelas porcas que recebem apenas alimentos alternativos, já que as porcas alimentadas com ração comercial apresentaram cio com cinco meses de idade. Assim, foi feito o resgate de toda alimentação fornecida aos animais desde a chegada à propriedade. A partir desse histórico, pudemos observar que a quantidade de proteína e água fornecida aos animais estava abaixo do ideal e a quantidade de carboidrato e vitaminas, acima do indicado pela literatura. Foi feito ajuste no cocho que fornecia água e o planejamento da alimentação, a partir da tabulação da quantidade de carboidratos (mandioca, fubá e inhame) e proteínas (capoeira branca, soro de leite de vaca, amendoim forrageiro) a serem fornecidas diariamente. Após 15 dias das mudanças, as porcas apresentaram cio (aos 11 meses de idade). O atraso no cio foi o sentinela para a verificação e adequação do manejo nutricional, com maior atenção à frequência e quantidades fornecidas. A utilização da raça Piau se mostrou interessante na experiência de criação agroecológica, devido a alta rusticidade, entretanto, especial atenção deve ser dada ao manejo nutricional dos animais com os alimentos alternativos.
Palavras-chave criação-animal, agroecologia, soberania-alimentar
Forma de apresentação..... Painel
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