ISSN |
2237-9045 |
Instituição |
Universidade Federal de Viçosa |
Nível |
Graduação |
Modalidade |
Extensão |
Área de conhecimento |
Ciências Humanas e Sociais |
Área temática |
Artes, literatura e cultura popular |
Setor |
Departamento de Geografia |
Bolsa |
Procultura |
Conclusão de bolsa |
Não |
Apoio financeiro |
UFV |
Primeiro autor |
Renan José Freitas Assis |
Orientador |
LEONARDO CIVALE |
Outros membros |
Aldemiro Gomes Pio, Bruna Cássia Gomes, Eduarda Lopes Ferreira, Mariana Tiso de Carvalho, Murilo Bandeira de Paula, Yasmine Chicralla Alvarez |
Título |
Oficinas de Maracatu: batuque, história e negritude |
Resumo |
O maracatu é uma manifestação cultural que começou a ser praticada por negros e negras ainda escravizados. Sua presença hoje no mundo se dá somente por ter esses negros e negras lutado de forma incessante durante os séculos. O Maracatu sempre encontrou desafios em sua constituição, e também sempre houveram mudanças em sua forma. Hoje o maracatu está em diversos estados brasileiros e em diversos países. Vem ocorrendo uma apropriação por parte de grupos percussivos desse ritmo. Porém, cabe fazer uma diferenciação. As Nações de Maracatu do Recife, chamados de tradicionais, possuem ligação religiosa com terreiros de xangô, um forte vínculo com as comunidades onde realizam sua prática e são formados por pessoas da camada popular. Os grupos de maracatu que tem surgido, por um outro lado, não possuem tais características, e se conformam apenas como um grupo percussivo que optaram por tocar também ou somente o maracatu. São os diferentes motivos dessa opção que vai diferenciar os grupos entre si. O Bloco entende que seu trabalho deve ser realizado através de um profundo respeito às nações e a cultura que realizam e lutam para manter viva. Dessa forma são realizadas as oficinas, de forma a mostrar aos participantes a história do maracatu e as estórias dos populares que o fazem. As oficinas em Airões vem trazendo muitas reflexões, e possuem um grande potencial para a comunidade. Um primeiro ponto é processo agora em curso de reconhecimento da comunidade de Córrego do Meio (pertencente a Airões) como território quilombola. Nesse sentido as oficinas podem proporcionar um momento de reflexão do proponentes e participantes sobre a questão negra e soberania territorial, trazendo os elementos do maracatu para o debate. Além disso, os participantes das oficinas são jovens, entre 12 e 17 anos, fazendo delas e deles os(as) continuadores(as) da história de Airões. As oficinas do campus da UFV trouxeram para o grupo esse ano vários novos integrantes. No segundo semestre ocorrerão oficinas temáticas, onde será montada uma instalação pedagógica com o intuito de se conhecer mais de perto os populares que constroem cotidianamente o maracatu e suas histórias. Além disso, as apresentações que são realizadas servem para mostrar o trabalho do grupo, e criam laços e oportunidades para fortalecermos nossas relações com diversas comunidades. |
Palavras-chave |
Airões, Maracatu, Congado |
Forma de apresentação..... |
Painel |