Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4321

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa BIC-Júnior
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Thalysson Hugo Silva Marques
Orientador RENATA MARIA STROZI ALVES MEIRA
Outros membros Dayana Nascimento Santos de Faria, Katiúscia Freire de Souza, Marinalva dos Santos Silva
Título Estruturas secretoras na folha de Drosera: uma espécie de planta carnívora
Resumo Nas plantas as estruturas secretoras são responsáveis pela síntese, isolamento e/ou eliminação de substâncias para a superfície externa do vegetal. As secreções produzidas podem estar envolvidas com a adaptação da planta ao ambiente, como por exemplo, as glândulas de sal das espécies halófitas, as glândulas digestivas das plantas carnívoras, os hidatódios dentre outras. Algumas estruturas também podem conferir vantagem adaptativa por atuar na defesa das plantas contra o ataque de patógenos, filófagos e herbívoros. Drosera é um gênero da família Droseraceae com representantes amplamente distribuídos em solos úmidos, ácidos e pobres em nutrientes. No Brasil o gênero possui cerca de 10 espécies, principalmente nas áreas mais úmidas, como taludes e bordas de pequenos riachos. As folhas das plantas carnívoras são especializadas e descritas como armadilhas equipadas com glândulas de diferentes tipos. Essas glândulas capacitam a planta atrair, capturar, digerir e absorver os nutrientes necessários à sua sobrevivência. Com o objetivo de estimular o interesse do estudante do ensino médio para o conhecimento sobre as estruturas secretoras, as glândulas das folhas de Drosera foram anatomicamente descritas e suas funções discutidas. Fragmentos foliares foram submetidos a técnica de diafanização para obtenção de lâminas semipermanentes.Essa técnica consiste na dissolução do conteúdo celular tornando a folha translúcida, possibilitando assim, a descrição anatômica sem a necessidade de seccionar a amostra. Os fragmentos foram mergulhados em uma solução de hidróxido de sódio (NaOH) 5% por 12 horas (geralmente durante a noite) em estufa, mantendo a temperatura em 36ºC. Em seguida, foram lavados em água destilada por três vezes com um intervalo de 30 minutos entre cada troca. Na sequência, as amostras foram clarificadas com hipoclorito de sódio (NaClO) 20%, lavadas e mantidas em uma placa de petri contendo etanol 50%, por no mínimo 30 minutos. Ao final foram coradas com safranina solução alcoólica 50% e a montagem foi feita sobre lâmina e lamínula com gelatina glicerinada. As folhas foram analisadas e as imagens capturadas em um microscópio de luz com câmera acoplada. As células epidérmicas ordinárias são justapostas com contorno de parede retilíneo. Os estômatos são do tipo paracítico e estão dispostos na face abaxial da folha. Foram visualizados dois tipos de tricomas, um curto e um longo pedunculado. Os longos secretam mucilagem uma substância pegajosa que adere e captura as presas mantendo-as sobre a superfície da folha. Os tricomas secretores curtos pedunculados secretam solução enzimática responsável pela digestão do animal capturado, sendo esse mesmo tricoma também capaz de absorver os nutrientes derivados da digestão. Essa síndrome da carnivoria foi uma das estratégias que possibilitou a ocupação de ambientes cujos solos são pobres e nutrientes.
Palavras-chave Anatomia, Diafanização, Estruturas secretoras.
Forma de apresentação..... Painel
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