Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4307

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Meio Ambiente e Conservação da Natureza
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Valéria de Fatima Silva
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Daniel Brianézi, Romulo Brumatti de Souza Dias, Welton Pereira da Rocha Junior
Título Incremento de carbono e compensação de emissões de gases de efeito estufa em árvores do campus-sede da Universidade Federal de Viçosa
Resumo A arborização urbana vem se destacando no cenário de mudanças climáticas. Sua participação no sequestro de carbono e na diminuição das taxas de emissões de CO2 contribuem significativamente na redução dos níveis de gás carbônico nas cidades. É notório que as árvores presentes nas regiões urbanas estocam menos carbono por hectare quando comparadas às florestas, porém sua contribuição neste cenário é favorecida devido ao maior porte das árvores e as altas taxas de crescimento decorrente da estrutura florestal urbana ser mais aberta. Em face disso, objetivou-se com o estudo avaliar o incremento de carbono nas árvores do campus-sede da Universidade Federal de Viçosa (MG), uma vez que mensurar as taxas de incremento nas árvores urbanas é de suma importância para quantificar esse serviço ambiental. Para tal, todos os indivíduos arbóreos, palmeiras e não-palmeiras, com Diâmetro à Altura do Peito (DAP) maior que 5 centímetros tiveram seu DAP e sua altura mensurados, e através de equações alométricas ajustadas para árvores individuais, seu estoque de carbono total foi estimado. Para se avaliar o Incremento Periódico Anual (IPA) efetuou-se comparação com o estoque de carbono do campus em 2011. Dos 3.291 indivíduos cubados no campus da universidade, 609 são palmeiras e estocam, em média, 165,51 kg de carbono por indivíduo; os demais indivíduos são árvores que estocam em torno de 224,85 kg de carbono por indivíduo, totalizando 870 toneladas de carbono, em 2014. Em 2011 esse estoque era de 699,54 toneladas, o que aponta um IPA de 56,82 toneladas de carbono. As espécies que tiveram maior incremento em carbono entre 2011 e 2014 são: Carya illinoensis (Wangenh.) K. Koch (320,30 kgC.ind-1.ano-1), Ficus mexiae (238,74 kgC.ind-1.ano-1), Ficus benjamina (204,28 kgC.ind-1.ano-1), Spathodea campanulata P. Beauv. (183,92 kgC.ind-1.ano-1) e Anthocephalus indicus A. Rich.(102,08 kgC.ind-1.ano-1). Os maiores incrementos em carbono foram observados nos indivíduos com diâmetro variando de 30 a 45 centímetros, que juntos acumularam 92,80 toneladas de carbono em três anos, cerca de 149,43 kgC por indivíduo. Analisando a estocagem e incremento nas quatro espécies mais presentes no campus, observa-se um elevado IPA das espécies Licania tomentos (Benth.) Fristch) e Roystonea oleraceaae (Jacq.) O.F.Cook tendo, respectivamente 41,80 KgC.ind-1.ano-1 e 74,27 KgC.ind-1.ano-1. Conclui-se que a arborização do campus contribui significativamente na diminuição de CO2 atmosférico, precisando, em contrapartida, da renovação da vegetação para manter esse serviço ambiental constante, uma vez que percebe-se que alguns indivíduos estão se aproximando de um estágio de clímax, no qual tem-se uma estabilização das taxas de crescimento.
Palavras-chave Estoque de carbono, efeito estufa, arborização urbana.
Forma de apresentação..... Painel
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