Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4287

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa CNPq/Balcão
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Ramon Vieira Araujo
Orientador MAURICIO DUTRA COSTA
Outros membros ANTONIO ALBERTO DA SILVA, Christiano da Conceição de Matos, Isadora Garcia Siebert, Tassio Castro Dias
Título Atividade microbiana em solo cultivado com diferentes combinações de plantas
Resumo A respiração do solo, correspondente à oxidação da matéria orgânica a CO2 por microrganismos aeróbios, tem papel chave no ciclo do carbono nos ecossistemas terrestres. Pequenas alterações no armazenamento de carbono orgânico do solo podem afetar características físicas e químicas desse ambiente e causar impacto na concentração de CO2 atmosférico. Algumas combinações de espécies de plantas podem estimular a comunidade microbiana do solo à mineralizar a matéria orgânica, o que pode ser prejudicial para o funcionamento do ecossistema agrícola. Assim, compreender as interações entre culturas e plantas daninhas e os consequentes impactos da convivência entre plantas sobre a qualidade do solo, é fundamental para direcionar práticas de manejo capazes de manter a produtividade da cultura sem prejudicar a qualidade do solo. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi o de avaliar se a convivência entre plantas daninhas e uma cultura pode estimular a atividade microbiana do solo. O experimento foi instalado em casa de vegetação, onde as plantas daninhas (Bidens pilosa L., Amaranthus viridis L. e Ipomoea grandifolia (Dammer) O´Donell.) e o milho (Zea mays L.) foram cultivadas em vasos. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com oito tratamentos (monocultivo do milho e das plantas daninhas, milho em competição com as plantas daninhas e solo sem planta), com cinco repetições. A concentração de CO2 do solo foi coletada aos 29 e 43 dias após o plantio (DAP) e determinado o fluxo (C-CO2 em μg s-1 m2) no analisador CRDS, G2131-i, Picarro, Sunnyvale, CA. Aos 60 DAP, as plantas foram cortadas rente ao solo e a matérias secas das folhas, caule, raiz e total do milho foram determinadas. A competição com as plantas daninhas não afetou o acúmulo de matéria seca nas folhas e colmo do milho. No entanto, I. grandifolia reduziu a matéria seca da raiz e total da cultura e A. viridis reduziu a matéria seca total da mesma. B. pilosa não prejudicou o crescimento do milho. O fluxo de CO2 aos 28 DAP foi semelhante entre o solo sem cultivo e com os monocultivos de plantas daninhas. Porém, o milho e a convivência deste com as plantas daninhas aumentaram o fluxo de CO2. Aos 43 DAP, o fluxo de CO2 foi superior nos solos cultivados com milho, A. viridis e onde o milho competia com as plantas daninhas. Já o monocultivo de B. pilosa e I. grandifolianão alterou essa variável em relação ao solo sem cultivo. O convívio com I. grandifolia e A. viridis reduz o crescimento do milho. O cultivo do milho, A. viridis e do milho consorciado com as plantas daninhas aumenta o fluxo de CO2 do solo, indicando maior atividade microbiana e, consequentemente, maior potencial de degradação da matéria orgânica.
Palavras-chave atividade microbiana, competição, plantas daninhas
Forma de apresentação..... Painel
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