Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4286

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Fitotecnia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Pablo Henrique Teixeira
Orientador Rogério Faria Vieira
Outros membros Bianca Fialho Bonicontro, JOSE EUSTAQUIO DE SOUZA CARNEIRO, Marcos Gleidson Pereira dos Santos, Renan Cardoso Lima
Título Redução do uso de fungicida em genótipos de feijão com resistência parcial ao mofo-branco
Resumo O mofo-branco (MB), causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, é doença séria em lavouras irrigadas de feijão. O uso de cultivares com resistência parcial ao MB faz parte do manejo da doença, e pode reduzir aplicações de fungicida para seu controle. Nossa hipótese é que genótipo com resistência parcial ao mofo-branco requer menos aplicações de fungicida que genótipo suscetível a essa doença. Ensaios foram conduzidos em três municípios (Coimbra, Viçosa e Oratórios) da Zona da Mata de Minas Gerais, no outono-inverno, com irrigação por aspersão, em área com histórico de MB. Os tratamentos foram dispostos no arranjo fatorial 3 x 4: genótipos (VC 17, Pérola ou BRSMG Madrepérola) e aplicações de fungicida (0, 1, 2 ou 3). A linhagem VC 17 está entre os genótipos com maior resistência de campo ao MB. A cultivar Pérola apresenta resistência moderada e a cultivar BRSMG Madrepérola é suscetível. O fungicida fluazinam (0,625 L/ha) foi aplicado na floração e repetido entre 7 e 10 dias depois. Foi usado o delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições. Em média, a intensidade (incidência + severidade) do MB variou de baixa (Coimbra) a moderada/alta (Oratórios); e a produtividade de grãos, de 2638 a 3556 kg/ha. Em Viçosa e Oratórios a pressão da antracnose foi alta, e esse foi um dos fatores responsáveis pela menor produtividade dos genótipos Pérola e VC 17, em relação à cultivar BRSMG Madrepérola. Em Viçosa, o VC 17 exibiu menos sintomas de MB que as cultivares Pérola e BRSMG Madrepérola. Em Coimbra e Oratórios, os sintomas de MB nos genótipos VC 17 e Pérola foram semelhantes, mas, em geral, esses genótipos foram menos prejudicados por essa doença que a cultivar BRSMG Madrepérola. Em Oratórios, houve significativa redução dos sintomas de MB com duas aplicações do fungicida, independente do genótipo, enquanto em Coimbra só a BRSMG Madrepérola teve redução do MB, com uma aplicação do fungicida. Em Viçosa, a cultivar BRSMG Madrepérola teve redução da doença com até duas aplicações do fluazinam, enquanto a cultivar Pérola apresentou redução do MB com uma aplicação. Nesse município, o VC 17 não teve redução do MB com o uso de fungicida. Portanto, os resultados de Coimbra, em que houve baixa pressão de MB, e de Viçosa (baixa/moderada intensidade de MB) sustentam, parcialmente, a nossa hipótese de que genótipos com alta resistência parcial ao MB necessitam de menor número de aplicações de fungicida em relação a genótipos com baixa resistência parcial. Entretanto, os resultados obtidos em Oratórios, onde a intensidade do MB foi moderada/alta não sustentam nossa hipótese, pois os efeitos da antracnose, além dos efeitos do MB, influenciaram a produtividade, o que comprometeu, em parte, o estudo. Logo, estudos adicionais, com bom controle de doenças foliares, sobretudo com alta pressão do MB, são necessários para testar com maior precisão essa hipótese.
Agradecimentos: CAPES, CNPq e FAPEMIG.
Palavras-chave feijão, mofo-branco, Sclerotinia sclerotiorum
Forma de apresentação..... Painel
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