Resumo |
INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é considerada um dos principais problemas de saúde pública na atualidade, exigindo um tratamento eficaz por parte dos sujeitos portadores, no qual inclui tanto adesão à terapia medicamentosa quanto alterações comportamentais voltadas à adoção de estilos de vida saudáveis. Essas exigências, somadas às complicações da cronicidade da HAS, afetam direta e indiretamente a qualidade de vida (QV) das pessoas hipertensas. Portanto, é fundamental que a equipe de saúde avalie o impacto da HAS sobre a qualidade de vida de sujeitos portadores desta doença. Esta avaliação oferecerá subsídios para a elaboração de intervenções de saúde mais efetivas, direcionadas para a promoção da qualidade de vida entre hipertensos. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida de sujeitos portadores de hipertensão arterial sistêmica. METODOLOGIA: Trata-se de estudo descritivo-exploratório, transversal, realizado nas Unidades de Saúde da Família (USF) dos bairros Silvestre e Nova Viçosa, situados no município de Viçosa-MG. Participaram do estudo, no período de maio a junho de 2015, 34 pacientes, maiores de 18 anos, em tratamento para HAS há pelo menos seis meses. Para coleta de dados, foi utilizado o instrumento com dados sociodemográficos e clínicos e, para avaliação da QV, foram utilizados os instrumentos Mini-Cuestionario de Calidad de Vida en La Hipertensión Arterial – MINICHAL e o World Health Organization Qualityoflife - WHOQOL-bref. Os dados foram analisados de forma descritiva. O estudo obteve parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Viçosa (CAAE nº 44785915.7.0000.5153). RESULTADOS: Verificou-se que os usuários que compuseram a amostra são, em sua maioria, mulheres (61,76%), de baixa escolaridade (58,82%) e de cor branca (55,88%). A idade média foi de 67,02, variando de 43 a 84 anos. No que concerne à QV, os resultados do MINICHAL foram categorizados em duas dimensões: estado mental e somáticas. O domínio estado mental apresentou média de 8,11, tendo como referência 0 (pior nível de saúde) a 30 (melhor nível de saúde). O domínio somático apresentou média de 6,14, com valor mínimo e máximo de 0 a 18. Os resultados do WHOQOL-bref foram categorizados em quatro domínios e obteve a seguinte média: físico (14,33), psicológico (14,02), relações sociais (13,64) e meio ambiente (15,06). CONCLUSÃO: O perfil comportamental da amostra demonstra uma baixa QV dos pacientes, situação no qual pode ser justificada pelo impacto causado pela HAS. Além disso, os instrumentos MINICHAL e WHOQOL demonstraram serem instrumentos úteis para a avaliação podendo, portanto, serem utilizados no auxílio da escolha do plano de cuidado mais adequado para pacientes hipertensos. |