Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4256

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Leise Vieira Santos Souza
Orientador ELIANA CARLA GOMES DE SOUZA
Outros membros Veridiane de Souza Lopes
Título Consumo de alimentos protetores e preditores do risco cardiovascular em adultos do meio rural do município de Viçosa-MG
Resumo As doenças cardiovasculares (DCV) são consideradas no mundo uma das principais causas de óbitos, elas surgem devido a fatores como obesidade, sedentarismo, má alimentação, genética, etc. Essa realidade não é restrita apenas à população urbana, mas também à rural devido ao aumento do consumo de produtos industrializados que são preditores do risco cardíaco e que são ricos em gorduras, carboidratos simples, sódio. Isso se deve à chamada urbanização rural, na qual se observa uma redução na ingestão de frutas e hortaliças que são protetores do surgimento de DCV. Objetivos: avaliar o consumo de alimentos e de nutrientes de risco e proteção cardiovascular em adultos da zona rural de Viçosa-MG, caracterizar a população segundo variáveis demográficas e socioeconômicas. Metodologia: estudo transversal realizado na zona rural do município de Viçosa-MG, contou com 146 participantes com a idade de 25 a 59 anos. Aplicou-se questionário semiestruturado relacionado a variáveis socioeconômicas, demográficas, hábitos alimentares, estilo de vida e história pessoal e familiar de DCV. Foi feito o recordatório de ingestão habitual, além da aferição da pressão arterial. Os dados foram tabulados no programa Excel 2.0, a análise estatística no SPSS versão 22.0 e o cálculo da composição química da dieta no AVANUTRI. Resultados: dos participantes 70,55% (n=103) eram mulheres, 69,20% (n=101) possuíam ensino fundamental incompleto, 45,90% (n = 67) vivem com 1 salário mínimo, 19,20% (n=28) e 26% (n =38) consomem bebidas alcoólicas. Quanto às doenças, 61% (n=89) relatam não ter nenhuma, mas 8,90% (n = 13) afirmam ter Hipertensão Arterial (HA). Em relação aos antecedentes familiares 82,90% (n =121) apresenta parentes com HA. Apenas 15,10% (n = 22) relatam ocorrência de morte de familiar com < 50 anos por DCV. Sobre o consumo alimentar, 36,30% (n=53) consomem 4 ou mais vezes na semana alimentos fritos, ingerem frutas e hortaliças 4 ou mais vezes na semana, 47,90% (n=70) e 82,90% (n=121), respectivamente, 30,10% (n=44) consomem embutidos uma vez na semana, para reduzir a gordura da carne 52,70% (n=76) retiram a gordura aparente das mesmas, 63,70% (n = 93) bebem refrigerante e 64,40% (n=94) não fazem exercícios regulares. O percentual de inadequação de macronutrientes foi maior para a proteína em ambos os sexos (Homens: 83,72%; Mulheres:76,70%). Quanto aos nutrientes preditores de DCV, a gordura saturada teve maior inadequação (Homens: 67,80; Mulheres: 62,79%). Em relação aos protetores do risco cardíaco, a vitamina C e a fibra tiveram maior inadequação e o ácido graxo monoinsaturado a maior adequação. Em 54,68% (n=30) da população que foi aferida a pressão apresentou normalidade. Conclusão: tal população se encontra em risco já que os fatores protetores para DCV estão reduzidos e os preditores aumentados, reconhece-se assim a importância de políticas públicas que visem a prevenção de DCV e a promoção da saúde dessa parcela da população, muitas vezes esquecida pela sociedade.
Palavras-chave doenças cardiovasculares, zona rural, alimentos
Forma de apresentação..... Oral
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