Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4252

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biotecnologia
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Tulio Morgan
Orientador SEBASTIAO TAVARES DE REZENDE
Outros membros Rafaela Inês de Souza Ladeira Azar, VALERIA MONTEZE GUIMARAES
Título Efeito do pré-tratamento e do teor de lignina sobre a sacarificação do bagaço de cana-de-açúcar
Resumo O etanol de segunda geração (E2G) é, de longa data, alvo de estudos por diversos grupos de pesquisa no mundo, dado o seu caráter renovável e agregador de valor econômico-ambiental às cadeias produtivas do setor agroindustrial. A matéria prima para produção de E2G são as biomassas vegetais e no Brasil, destaca-se a pesquisa e produção a partir de bagaço de cana-de-açúcar em virtude da alta disponibilidade dessa biomassa. Contudo a produção de E2G ainda é incipiente devido, principalmente, à dificuldade de fracionamento eficiente da biomassa em açúcares fermentáveis. A estrutura altamente ordenada da celulose (cristalina) e presença de lignina nas biomassas desempenham papel fundamental na recalcitrância da mesma, impedindo que a hidrólise enzimática ocorra em larga extensão. Os pré-tratamentos aplicados à biomassa visam a minimização desses obstáculos, tornando a celulose (e hemicelulose) mais acessível às enzimas na etapa de sacarificação. Ao atuar sobre os componentes da biomassa, os pré-tratamentos promovem formação de substâncias que podem afetar a atividade das enzimas hidrolíticas. Em trabalhos anteriores foi observado que compostos fenólicos monoméricos, provavelmente formados na degradação da lignina, promovem inibição e desativação de enzimas celulolíticas e hemicelulolíticas.
No presente estudo foi avaliado o efeito dos pré-tratamentos ácido, alcalino e hidrotérmico, aplicados a dois tipos de bagaço de cana-de-açúcar: BC 1 e BC 2, que possuem diferentes teores de celulose, hemicelulose e lignina. O efeito dos pré-tratamentos foi avaliado por análise da composição das biomassas, antes e após os pré-tratamentos, a presença de compostos fenólicos no pré-hidrolisado (potenciais inibidores) e ensaios de sacarificação aplicando um coquetel enzimático formado pela mistura de extratos enzimáticos dos fungos C. cubensis e P. pinophilum na razão 1:1 (v/v). Foi constatado que o pré-tratamento ácido solubilizou grande parte da fração hemicelulósica de ambos os bagaços da cana, enquanto o pré-tratamento alcalino foi marcadamente eficiente na deslignificação das biomassas em estudo. O pré-tratamento hidrotérmico forneceu hidrólise sutil de todos os polímeros estruturais das biomassas em estudo, tendo efeito mais pronunciado sobre o BC 2. Devido a ação sobre a lignina, o pré-tratamento alcalino promoveu a formação de maiores concentrações de compostos fenólicos no pré-hidrolisado. Esses compostos modularam a atividade das (hemi)celulases em estudo, promovendo inibição ou ativação. Os bagaços de cana pré-tratados com álcali forneceram os maiores rendimentos na sacarificação, seguido daqueles pré-tratados hidrotermicamente e pré-tratados com solução ácida.
Palavras-chave Bagaço de cana-de-açúcar, pré-tratamento, enzimas lignocelulolíticas
Forma de apresentação..... Painel
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