Resumo |
A seringueira [Hevea brasiliensis (Willd ex. Adr. de Juss) Müell.-Arg.] é uma espécie nativa da região amazônica, de origem mais específica no vale do Rio Amazonas. Devido à característica recalcitrante, o armazenamento de suas sementes torna-se inviável, já que fica restrito ao período de queda das sementes, sendo que este não é o mais adequado para semeadura. Seu armazenamento é feito em um curto período de tempo e não permite a redução na quantidade de água a níveis ideais para esse processo. O objetivo do trabalho foi definir as condições mais adequadas para o armazenamento das sementes de seringueira de modo a aumentar sua longevidade. As sementes foram colhidas em árvores matrizes nos municípios de Tabapuã e Colina, localizados no estado de São Paulo. Após a colheita, as sementes foram submetidas aos seguintes tratamentos: fungicidas Tecto 600 (65 g / 100 Kg sementes) e Captan 50 (135 g / 100 kg sementes) caracterizando o tratamento químico, alecrim moído (20 g / Kg de sementes) e sementes sem tratamento (controle). Em seguida, amostras de 650 g foram acondicionadas em sacos de papel Kraft, que foram colocados dentro de sacos de polietileno e armazenados em câmaras nas temperaturas de 10, 20 e 25°C. A cada 30 dias, foram retiradas amostras para a determinação do grau de umidade e para as demais avaliações fisiológicas (emergência, condutividade elétrica e índice de velocidade de emergência de plântulas). A porcentagem de emergência de plântulas decresceu ao longo do armazenamento. Para as sementes armazenadas a 10ºC, não houve diferença significativa (P<0,05%) entre a germinação quando tratadas com alecrim e o controle aos 75 dias. Para as sementes armazenadas a 20ºC, foi possível observar rápida perda de viabilidade, independente dos tratamentos. Sementes de seringueira armazenadas em temperatura de 10ºC apresentaram maior viabilidade e crescimento de plântulas do que aquelas armazenadas em temperaturas de 20 e 25ºC. O tratamento com fungicida químico apresentou fitotoxidez às sementes. |