Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4213

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Rhaphael Alves Silva
Orientador EDUARDO SEITI GOMIDE MIZUBUTI
Outros membros Miller da Silva Lehner, Trazilbo José de Paula Junior
Título Sensibilidade de isolados de Sclerotinia sclerotiorum aos fungicidas tiofanato-metílico, fluazinam e procimidone
Resumo O mofo branco (MB), causado por Sclerotinia sclerotiroum é uma das principais doenças fúngicas do feijoeiro. Não há cultivares de feijão resistentes ao MB e o método de controle mais utilizado é a aplicação de fungicidas. Em áreas com histórico de MB até oito aplicações de fungicidas têm sido realizadas. Os fungicidas geralmente aplicados são, tiofanato-metílico (TM), fluazinam ou procimidone. Entretanto, o uso intensivo destes produtos pode selecionar indivíduos resistentes e, consequentemente, levar a falhas de controle. Os objetivos do trabalho foram i. determinar doses discriminatórias para facilitar o monitoramento da sensibilidade de isolados de S. sclerotiorum aos fungicidas fluazinam, procimidone e TM; ii. avaliar a sensibilidade da população de S. sclerotiorum associada ao MB em feijoeiro no Brasil aos fungicidas citados acima; e iii. identificar o mecanismo envolvido na resistência ao TM. Doses discriminatórias foram determinadas com base no crescimento micelial de 31 isolados em seis concentrações de cada fungicida. A concentração escolhida foi aquela em que os isolados cresceram menos que 25% em relação ao tratamento controle. Posteriormente, 282 isolados foram avaliados quanto à sensibilidade aos fungicidas utilizando as doses discriminatórias. A estimativa de CE50 foi calculada para cada isolado em cada fungicida. O delineamento foi inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os experimentos foram realizados duas vezes. Sequências parciais do gene da β-tubulina foram obtidas utilizando DNA de 7 isolados sensíveis e um resistente ao TM. As doses discriminatórias determinadas foram 5; 0,05; e 0,5 μg/mL, para TM, fluazinam e procimidone, respectivamente. A CE50 variou de 0,38 a 2,23 μg/mL; 0,003 a 0,007 μg/mL; e de 0,11 a 0,72 μg/mL para TM, fluazinam e procimidone, respectivamente. As CE50 médias foram 1,16; 0,005; e 0,35 μg/mL, para TM, fluazinam e procimidone, respectivamente. Apenas um isolado (Ss-7) foi resistente ao TM. Não houve resistência a fluazinam ou procimidone. Nas doses discriminatórias, o crescimento micelial dos 282 isolados variou de 15 a 40%, 16 a 35% e 14 a 28%, em comparação ao tratamento controle, para TM, fluazinam e procimidone, respectivamente. A resistência ao TM provavelmente foi causada por uma mutação no códon 240 do gene da β-tubulina. Essa mutação substituiu uma leucina por uma fenilalanina (L240F). Não houve diferença entre Ss-7 e isolados sensíveis quanto ao crescimento micelial, número de escleródios e agressividade. A resistência aos fungicidas TM, fluazinam ou procimidone é rara ou não existente na população de S. sclerotiorum causando MB em feijão no Brasil.
Palavras-chave Mofo branco, Feijão, controle químico
Forma de apresentação..... Painel
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