Resumo |
Há uma série de vantagens de utilizar polímeros conjugados, entre elas estão o baixo custo de produção; flexibilidade e maleabilidade; menos densidade quando comparado a materiais inorgânicos; facilidade de alterações de suas propriedades físicas e químicas. Dentro dessa classe de polímeros destacam-se os polímeros condutores que vêm despertando grande interesse com o atual desenvolvimento da eletrônica orgânica. Esse trabalho é voltado para o estudo de um polímero condutor específico: a polianilina (PANI). A polianilina foi pioneira no estudo acadêmico sobre polímeros condutores. Ela se destaca devido ao baixo custo de produção, facilidade de síntese e principalmente, às suas propriedades físico-químicas, características mecânicas e elétricas, possibilitando assim o desenvolvimento de dispositivos eletrônicos inovadores. A variedade de recursos literários e a facilidade na síntese desse polímero nos motivou para a escolha do mesmo. O objetivo principal do trabalho consiste na produção de filmes finos autossustentáveis feitos de nanocompósitos produzidos a partir do polímero condutor polianilina (PANI) e nanopartículas semicondutoras visando estudos das propriedades elétricas, morfológicas e estruturais destes filmes finos, sendo que um dos principais focos do trabalho é o de que os filmes produzidos possam vir a ser utilizados como camada condutora em dispositivos eletrônicos. Durante o desenvolvimento do projeto foram testados e aprimorados várias metodologias experimentais para produção de filmes finos autossustentáveis, com maior homogeneidade possível, para que as propriedades deste fossem estudadas e exploradas. Todos os filmes estudados foram produzidos à temperatura ambiente, inicialmente sobre substrato de vidros, pelo método de “casting”, que além de eficiente na confecção de filmes finos, é de fácil implementação e utilização. A PANI foi utilizada como matriz e para a produção de nanocompósitos foram utilizadas nanopartículas de ferrofluido, compostas por partículas ferromagnéticas, geralmente magnetita, em escala nanoscópica, suspensas em um fluido, geralmente um solvente orgânico ou água. Após testar e aprimorar várias técnicas de produção dos filmes finos foi possível remover os mesmos dos substratos de vidro, tendo como resultado filmes finos autossustentáveis de nanocompósitos. A caracterização morfológica dos filmes foi feita utilizando a técnica do microscópio de varredura eletrônica (MEV) e resultados preliminares indicam que as amostras obtidas apresentam regiões de grande aglomeração das nanopartículas de ferrofluido, sendo portando necessária a obtenção de filmes com soluções mais diluídas, visando uma maior homogeneidade para estudo das propriedades elétricas. |