Resumo |
O levantamento faz parte do Projeto Orquídeas, projeto de ensino, pesquisa e extensão do CAp-COLUNI, da Universidade Federal de Viçosa, com o objetivo de levantar as espécies de orquídeas remanescentes da Serra das Cabeças, área constituinte do PESB, já que existe apenas um levantamento acerca das espécies da família das Orchidaceae ocorrentes no PESB, realizado em 2004. O referido levantamento carece de detalhamentos sobre as espécies de orquídeas presentes na área, tal como sua localização, atualizações sobres as recentes modificações na classificação dos gêneros, como no caso da Pabstiella calcarata, que antes pertencia ao gênero Pleurothallis. O levantamento das plantas foi efetuado por meio de visitas mensais a Serra das Cabeças (PESB), durante o ano de 2014, em trilhas que cobriam todos os tipos de vegetação presentes, desde a base das montanhas até os campos de altitude, efetuando-se no ato de sua localização, o georreferenciamento e determinação da altitude, dados obtidos a partir de leituras efetuadas em GPS, bem como a determinação da percentagem de luz incidente sobre as plantas, dado obtido com a utilização de um luxímetro, por meio da comparação da incidência no topo da planta e área livre mais próxima. A caracterização e descrição da espécie foram obtidas com a análise das estruturas das plantas, seguido de registro fotográfico dos materiais vegetais. Com a pesquisa sabe-se que a espécie pode ser encontrada em floresta umbrófila original. O exemplar encontrado apresentava-se próximo a musgos, em tronco, a meia altura, altitude local de 1573m e luminosidade de 40%. A espécie é endêmica do Brasil. Sua ocorrência é comum. O epíteto latino calcarata faz referência à uma estrutura da parte inferior da flor, cuja forma remete a um calcanhar, bastante destacado. A descrição obtida da espécie do gênero Pabstiella, em 2014 na Serra das cabeças, comparada com aquelas identificadas em literatura específica, permitem concluir que permanece como remanescente desse gênero, na referida área, a espécie Pabstiella calcarata. Que não se encontra relacionada para o Parque, bem como para Minas Gerais, segundo a Lista de Espécies da Flora do Brasil (2015). |