Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4187

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Produtos naturais e bioprospecção
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Lyvia Julienne Sousa Rêgo
Orientador MARCIO LOPES DA SILVA
Outros membros Crismeire Isbaex, Leonardo Pequeno Reis, Líniker Fernandes da Silva, Pamella Carolline Marques dos Reis
Título Caracterização do mercado da amêndoa de cumaru em Santarém e Alenquer, Pará
Resumo A comercialização de produtos florestais não madeireiros (PFNMs) satisfaz a necessidade do consumidor, do mercado, gera renda e contribui para a conservação dos recursos naturais. Portanto, buscou-se caracterizar a comercialização da amêndoa de cumaru, o perfil dos feirantes, varejistas, atacadistas e consumidores e outros aspectos relacionados ao consumo desse produto nos mercados de Santarém e Alenquer no estado do Pará. As informações foram obtidas através de entrevistas estruturadas, aplicada a agentes mercantis que comercializavam cumaru e aos consumidores. Foram entrevistados todos os feirantes (7 de Santarém), atacadistas (4 de Santarém e 5 de Alenquer), varejista (1 farmácia homeopática de Santarém), e 101 consumidores. Os dados foram referentes à safra de 2012. Os resultados mostraram que a comercialização da amêndoa de cumaru foi exercida predominantemente por homens, destacando-se idade média superior a trinta e cinco anos e escolaridade de baixa a alta. A maioria dos atacadistas atuavam no ramo mais de 30 anos, os varejistas em média 28 anos e os feirantes em média 8 anos, empregando até 10 funcionários por estabelecimento, exceto os feirantes, que não possuem funcionários. A venda da amêndoa foi realizada, em grande parte por intermediários e extrativistas, sendo que 87% dos feirantes optaram por comprá-las seca, enquanto o varejo comprou somente seca e ambos as venderam de forma seca natural ou beneficiada. Todos os atacadistas compraram amêndoas verdes e secas, vendendo-as seca in natura. O preço de compra foi estipulado através de negociações diretas entre comprador e vendedor. O principal problema nessa transação foi a baixa qualidade do produto. O preço de venda do quilo da amêndoa seca foi alterado em maiores proporções pelos feirantes (R$62,63) e varejista (R$109,32), quando comparado aos atacadistas, que apesar de comprarem maior quantidade de amêndoa seca, em Alenquer (R$21,60) e em Santarém (R$20,33) as venderam por R$23,60 e R$24,67, respectivamente. A amêndoa geralmente estava embalada e armazenada inadequadamente, a menos no varejo. Esse produto é adquirido da própria região e tem como destino Santarém, Belém, São Paulo, Japão, E.U.A e países da Europa. Entre consumidores prevaleceu o gênero feminino, idade superior a cinquenta anos, ensino médio completo, baixa renda e residência na área urbana, com preferência pela amêndoa in natura para usá-la principalmente no tratamento de doenças. Eles consideram o preço bom e estão dispostos a pagar mais pela semente procedente de plantações ou do manejo sustentável da Amazônia. Assim, o comércio da amêndoa de cumaru é favorável para que se possa investir nesse produto, pois remunera os comerciantes e atende à necessidade dos consumidores.
Palavras-chave Amazônia, produto florestal não madeireiro, Dipteryx sp.
Forma de apresentação..... Painel
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