Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4175

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa BIC-Júnior
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor GUILHERME CAMPOS DA SILVA COUTO
Orientador MARIA CATARINA MEGUMI KASUYA
Outros membros Marliane de Cássia Soares da Silva, Raissa de Oliveira Mendes
Título Reutilização de solução de cal hidratada para desinfestação de substrato utilizado na produção de cogumelos de Pleurotus ostreatus
Resumo A produção de cogumelos é uma das alternativas de utilização de resíduos agroindustriais. Além da geração de renda extra com a venda dos cogumelos há a possibilidade de utilizar o substrato, após a produção do cogumelo, como ração animal. Pleurotus ostreatus é um fungo eficiente em degradar resíduos ligninocelulósicos e produzir cogumelos. Entretanto, há necessidade de desinfestar ou esterilizar ou pasteurizar o substrato para eliminar ou reduzir a carga de micro-organismos contaminantes. Um dos métodos mais barato é a alcalinização dos resíduos com cal hidratada. Porém, essa solução de cal vem sendo utilizada por uma única vez, sendo descartada em seguida. Assim, este trabalho teve como objetivo testar a reutilização da solução de cal hidratada. O resíduo usado foi o bagaço de cana seco ao Sol e triturado. O bagaço foi imerso na solução de cal hidratada comercial a 2%, em água (800 g de substrato seco em 100 L de água) por 16 h. Posteriormente, esse substrato foi centrifugado e 300 g do substrato foram acondicionados em sacos plásticos. Esses substratos foram inoculados com micélio de P. ostreatus, crescidos em grãos de sorgo cozidos e autoclavados. Amostras de 300 g de substrato também foram colocados em uma estufa de secagem por 10 dias para calcular a massa seca do substrato. Este experimento consistiu de cinco repetições. A cal foi reutilizada por cinco vezes consecutivamente. Para cada um dos tempos também foram retiradas as amostras do substrato para medição do pH. Durante todo o período de crescimento micelial (incubação) foi monitorado o aparecimento de contaminantes. Após aproximadamente três semanas, foi observado a formação de primórdios de cogumelos em algumas repetições, momento em que se aplicou o choque frio, transferindo os pacotes para uma geladeira por 24 h. Após cerca de cinco dias os cogumelos foram colhidos e a massa fresca determinada. Assim, calculou-se a eficiência biológica, sendo EB = (massa do cogumelo fresco/massa do substrato seco) x 100. A medição do pH do substrato mostrou que houve variação de 9,7 a 8,7, da primeira utilização da solução de cal hidratada à quinta reutilização, respectivamente. Não houve contaminação em nenhum dos pacotes, quando a solução foi reutilizada por até quatro vezes. Porém, naqueles pacotes da quinta imersão apareceu um contaminante de cor alaranjada, mas que foi rapidamente suprimido pelo micélio do fungo P. ostreatus. Entretanto, como esse contaminante não foi identificado não seria seguro consumi-lo. Conclui-se que a solução de cal hidratada pode ser reutilizada por até quatro vezes sem que a EB seja afetada.
Palavras-chave Eficiência Biológica, bagaço de cana, pH
Forma de apresentação..... Painel
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