Resumo |
O trabalho, resultado de discussões do grupo de pesquisa intitulado A Época Moderna em suas linhas de força: enfoques historiográficos e pressupostos teóricos cuja meta é a formação do Estado Inglês, com o enfoque do espaço natural para essa conquista. Pela leitura prima do tratado de florestas reais de John Manwood (jurista elisabetano e guarda-florestal da New Forest - uma das muitas presentes no território britânico definidas por Royal Forest), aprimorado e debruçado por uma bibliografia referente à relação da identidade britânica com a floresta, trabalhos quanto à História Inglesa do período moderno, e orientado por teóricos da história e política (destaque aos autores John Cox, Keith Thomas, Simon Schama, Perry Anderson, Quentin Skinner, Edward Thompson, John Hale, Elizabeth Weixel; e autores não-ingleses mas que serviram para sofisticar as análises, especialmente Fernand Braudel, Pierre Chaunu, Antonio Manuel Hespanha, Franco Venturi) conclui-se que, concomitante ao projeto estatal de expansão para além do território, urbanização e industrialização, sobreviveu e não pereceu um projeto, na esfera cultural e política, de estabelecer um reino pela continuidade da histórica aliança da sociedade inglesa com seu espaço natural. A partir desta leitura, reside uma diversidade, adaptação e desenvolvimento da gênese de uma potência europeia. O presente trabalho dedica a exposição dos resultados e questões que o projeto de pesquisa legou à História Inglesa, e à Historiografia Política e Moderna. A proposta há de apontar para as considerações referentes aos principais eixos de investigação, a saber, uma breve história da Inglaterra (antes e durante a conjuntura em pauta); principais considerações acerca da Inglaterra e Europa Moderna por meio da bibliografia selecionada; apresentar o tratado de Manwood destacando os pontos caros a proposta; conclusões e questões mediante o diálogo entre a fonte e os autores suporte, intermediados pelos conceitos tomados por Skinner acerca de um olhar à História Política. |