ISSN |
2237-9045 |
Instituição |
Universidade Federal de Viçosa |
Nível |
Graduação |
Modalidade |
Pesquisa |
Área de conhecimento |
Ciências Biológicas e da Saúde |
Área temática |
Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas |
Setor |
Departamento de Entomologia |
Bolsa |
Outros |
Conclusão de bolsa |
Não |
Apoio financeiro |
Outros |
Primeiro autor |
João Marcus Lima de Matos |
Orientador |
ELISEU JOSE GUEDES PEREIRA |
Outros membros |
Aniely Contreiro Saar, Fernanda Freitas Sousa, Marcelo Mendes Rabelo |
Título |
Suscetibilidade de Spodoptera cosmioides a toxinas Cry de Bacillus thuringiensis |
Resumo |
As lagartas de Spodoptera cosmioides (Lepidoptera: Noctuidae) são polífagas e apresentam potencial de tornarem importantes pragas em algodão e soja. Atualmente maiores níveis populacionais desta e outras espécies de Spodoptera tem sido observados em alguns cultivos de algodão e soja. Nessas culturas, o manejo de populações de outras lagartas desfolhadoras que são pagas-chave é principalmente realizado com plantas transgênicas que produzem toxinas de Bacillus thuringiensis (Bt). Em teoria, o uso de soja e algodão Bt, pode favorecer a predominância de S. cosmioides, que atualmente não é considerada alvo dessa tecnologia. A mudança de status é plausível porque lagartas alvo dos cultivos Bt deverão ter a população reduzida, liberando nicho ecológico para crescimento populacional de outros insetos fitófagos. Para o adequado manejo de S. cosmioides é preciso conhecer sua suscetibilidade a toxinas Bt para inferir a eficiência das plantas hospedeiras que produzem essas toxinas e delinear adequadas estratégias de controle populacional. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi verificar a suscetibilidade de S. cosmioides às toxinas Cry1Fa e Cry2Aa de Bacillus thuringiensis. Para isso, larvas neonatas foram expostas a concentrações crescentes destas toxinas na superfície de dieta artificial. Sete dias depois, foram avaliadas a inibição do crescimento e a mortalidade larval. A inibição do crescimento das larvas sobreviventes também foi obtida pela pesagem conjunta dos sobreviventes expostos a cada concentração de toxina. A mortalidade observada foi corrigida pela mortalidade natural, obtida no tratamento controle, sem toxina. Os dados de massa larval foram transformados em % e modelados por regressão de próbite, assim com foram os dados de mortalidade. Os resultados mostraram que S. cosmioides apresenta suscetibilidade diferente para as toxinas estudadas. Para a toxina Cry1F, a concentração efetiva que inibe 50% do crescimento larval (CE50) foi de 9,4 ng/cm², bem diferente da toxina Cry2Aa (CE50 = 689 ng/cm²). Esta variação provavelmente ocorreu porque Cry2Aa difere de Cry1F a nível molecular por apresentar domínios estruturais distintos, os quais devem se ligar a proteínas receptoras distintas na parede do intestino médio das lagartas. A concentração letal para 50% das larvas (CL50) relativamente alta e semelhante entre as toxinas estudadas (CL50 = 455 e 1497 ng/cm², respectivamente). Esses resultados revelam que S. cosmioides é pouco suscetível às toxinas, que apresentaram baixo efeito inseticida com relativamente altos valores de concentrações efetivas para inibição de crescimento e mortalidade. Isso suporta a ideia de que plantas Bt que produzem essas toxinas podem não ser efetivas no controle de populações dessa espécie de lagarta, mesmo com esforços para otimizar a expressão do gene de Bt nos tecidas da planta. Contudo, ainda são necessários mais estudos para conhecer o efeito subletal das toxinas Cry2A e Cry1F em lagartas de S. cosmioides. |
Palavras-chave |
Plantas transgênicas, Lagartas desfolhadoras, Pragas-chave |
Forma de apresentação..... |
Painel |