Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4136

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor João Marcus Lima de Matos
Orientador ELISEU JOSE GUEDES PEREIRA
Outros membros Aniely Contreiro Saar, Fernanda Freitas Sousa, Marcelo Mendes Rabelo
Título Suscetibilidade de Spodoptera cosmioides a toxinas Cry de Bacillus thuringiensis
Resumo As lagartas de Spodoptera cosmioides (Lepidoptera: Noctuidae) são polífagas e apresentam potencial de tornarem importantes pragas em algodão e soja. Atualmente maiores níveis populacionais desta e outras espécies de Spodoptera tem sido observados em alguns cultivos de algodão e soja. Nessas culturas, o manejo de populações de outras lagartas desfolhadoras que são pagas-chave é principalmente realizado com plantas transgênicas que produzem toxinas de Bacillus thuringiensis (Bt). Em teoria, o uso de soja e algodão Bt, pode favorecer a predominância de S. cosmioides, que atualmente não é considerada alvo dessa tecnologia. A mudança de status é plausível porque lagartas alvo dos cultivos Bt deverão ter a população reduzida, liberando nicho ecológico para crescimento populacional de outros insetos fitófagos. Para o adequado manejo de S. cosmioides é preciso conhecer sua suscetibilidade a toxinas Bt para inferir a eficiência das plantas hospedeiras que produzem essas toxinas e delinear adequadas estratégias de controle populacional. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi verificar a suscetibilidade de S. cosmioides às toxinas Cry1Fa e Cry2Aa de Bacillus thuringiensis. Para isso, larvas neonatas foram expostas a concentrações crescentes destas toxinas na superfície de dieta artificial. Sete dias depois, foram avaliadas a inibição do crescimento e a mortalidade larval. A inibição do crescimento das larvas sobreviventes também foi obtida pela pesagem conjunta dos sobreviventes expostos a cada concentração de toxina. A mortalidade observada foi corrigida pela mortalidade natural, obtida no tratamento controle, sem toxina. Os dados de massa larval foram transformados em % e modelados por regressão de próbite, assim com foram os dados de mortalidade. Os resultados mostraram que S. cosmioides apresenta suscetibilidade diferente para as toxinas estudadas. Para a toxina Cry1F, a concentração efetiva que inibe 50% do crescimento larval (CE50) foi de 9,4 ng/cm², bem diferente da toxina Cry2Aa (CE50 = 689 ng/cm²). Esta variação provavelmente ocorreu porque Cry2Aa difere de Cry1F a nível molecular por apresentar domínios estruturais distintos, os quais devem se ligar a proteínas receptoras distintas na parede do intestino médio das lagartas. A concentração letal para 50% das larvas (CL50) relativamente alta e semelhante entre as toxinas estudadas (CL50 = 455 e 1497 ng/cm², respectivamente). Esses resultados revelam que S. cosmioides é pouco suscetível às toxinas, que apresentaram baixo efeito inseticida com relativamente altos valores de concentrações efetivas para inibição de crescimento e mortalidade. Isso suporta a ideia de que plantas Bt que produzem essas toxinas podem não ser efetivas no controle de populações dessa espécie de lagarta, mesmo com esforços para otimizar a expressão do gene de Bt nos tecidas da planta. Contudo, ainda são necessários mais estudos para conhecer o efeito subletal das toxinas Cry2A e Cry1F em lagartas de S. cosmioides.
Palavras-chave Plantas transgênicas, Lagartas desfolhadoras, Pragas-chave
Forma de apresentação..... Painel
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