Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4133

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Solos e água
Setor Departamento de Solos
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Marllon Fialho de Castro
Orientador TEOGENES SENNA DE OLIVEIRA
Outros membros Bruno Eustáquio Cirilo Silva, Fernanda Daniele de Almeida Valente, IVO RIBEIRO DA SILVA
Título Fluxo de CO2 em área pós mineração de bauxita em processo de recuperação com espécies florestais
Resumo A melhoria da qualidade do solo é um dos grandes desafios das áreas em processo de recuperação. Solos degradados pela atividade de mineração possuem dificuldades para o estabelecimento da cobertura vegetal, pois tem suas características químicas, físicas e biológicas profundamente alteradas. Nesse contexto, a quantificação dos fluxos de CO2 podem, no curto prazo, fornecer informações relevantes sobre a eficiência das práticas de manejo adotadas. O objetivo deste trabalho foi quantificar o fluxo de CO2 em áreas pós mineração de bauxita em processo de recuperação com espécies florestais. O estudo foi conduzido no município de São Sebastião da Vargem Alegre, Minas Gerais, em área onde houve a extração de bauxita pela Votorantim Metais. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados em parcelas subdivididas com três repetições. As parcelas foram formadas pelas seguintes coberturas florestais: eucalipto (Eucalyptus urograndis), angico vermelho (Anadenthera macrocarpa) e plantio misto composto por 16 espécies florestais nativas. As subparcelas foram compostas por tratamentos de adubação. Para a estimativa do fluxo de CO2 foram instaladas nestas coberturas, em triplicatas no solo, câmaras feitas em PVC (0,20 x 0,30 m), com e sem aporte de serapilheira e, também, em duas áreas de referência (mata atlântica e área sem planta). O gás emitido foi coletado com auxílio de seringas nos tempos 0, 10, 20 e 40 mim após o fechamento das câmaras, para posterior leitura em analisador de amostras gasosas CRDS (cavity ring-down spectroscopy; Picarro, Sunnyvalle, CA). Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade. Os tratamentos com deposição de serapilheira apresentaram valores de fluxo de CO2 significativamente maiores em relação aos tratamentos onde a deposição de serapilheira não aconteceu. Este maior fluxo de CO2 nos tratamentos com deposição de serapilheira se deve a maior oferta de substrato lábil para a microbiota do solo, resultando em uma maior atividade microbiana nessas áreas. Ao comparar os tratamentos com deposição de serapilheira e a mata em estágio secundário de regeneração, observou-se que as coberturas florestais estudadas apresentaram fluxo de cerca 35 mg m-2 h-1, ou seja, 60% em relação ao apresentado pela mata remanescente. Observou-se que a implantação das espécies florestais favoreceu o fluxo de CO2 cerca de quatro vezes em relação a área sem planta, onde a emissão de CO2 não chega a 5,5 mg m-2 h-1. Pode-se concluir que as três coberturas florestais estudadas não diferiram entre si em relação a emissão de CO2 após 4 anos de implantação do experimento. Os tratamentos onde houve a deposição de serapilheira apresentaram maior emissão de CO2 em relação aos tratamentos com remoção de serapilheira. A mata atlântica remanescente utilizada como referência foi a área que apresentou maior emissão de CO2 em relação a todas as outras áreas estudadas.
Palavras-chave Áreas degradadas, florestas plantadas, gases de efeito estufa
Forma de apresentação..... Painel
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