Resumo |
A longevidade hoje alcançada pelos idosos, é considerada um ganho e avanço social. Mas há que se considerar que, existem características diferenciadas nesta longevidade e na relação com o mercado de trabalho. Não é possível comparar a permanência de um colaborador, por exemplo, que trabalhou a vida inteira como cortador de cana, com um pesquisador ou professor universitário, pois suas atividades e ambientes de trabalho se diferenciam seja no aspecto cognitivo, físico, das condições ambientais para o desenvolvimento do trabalho. Tal constatação, além da transição demográfica, tem apresentado um grande desafio para o estudo da População Economicamente Ativa (PEA). Desta forma, o presente estudo teve como objetivo identificar a participação de colaboradores concursados (efetivos), idosos, no mercado de trabalho, tendo como base de dados e local de estudo uma Instituição de Ensino Superior (IES), do estado de Minas Gerais. Para alcance deste foi realizado estudo bibliográfico e levantamento dados secundários, pertencentes aos bancos de dados de instituições como o Ipea, IBGE e da IES estudada. Os resultados mostraram que, há influência direta quando se compara o nível/grau de escolaridade e a permanência do idoso no mercado de trabalho com o cargo exercido por ele. Por exemplo, a função de professor do ensino superior, exige um grau de escolaridade mais alto, um ambiente e condições de trabalho diferenciados. Desta forma, por meio de políticas públicas e medidas adotadas por parte dos empregadores, é possível a permanência dos trabalhadores no mercado de trabalho por mais tempo, acompanhando o aumento da expectativa de vida da população. Pois faz-se necessário considerar que, a idade mais avançada pode trazer redução na capacidade laborativa, principalmente por questões fisiológicas, e que não necessariamente comprometem a produtividade. Ao contrário, a experiência e as trocas intergeracionais no ambiente de trabalho podem contribuir para o desenvolvimento, crescimento e produtividade das organizações. |