Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4113

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia, produção e manejo animal
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Priscilla Soares Azevedo
Orientador OSWALDO PINTO RIBEIRO FILHO
Outros membros Rafael Alves Vianna, Samuel Guedes Paglioto, Soraia Santos de Oliveira Rodrigues Silva, Thássio Gustavo Nogueira Galão
Título Conteúdo Gastrointestinal de rã-touro (Lithobates catesbeianus) e rã-manteiga (Leptodactylus latrans) no município de Viçosa, Minas Gerais e circunvizinhos
Resumo Diversos fatores podem se associar ao processo de diminuição do número de espécies de anuros, principalmente as espécies nativas. Ações antrópicas e a introdução de espécies exóticas afeta consideravelmente a sobrevivência de anuros nativos. Lithobates catesbeianus (rã-touro) é uma espécie exótica no Brasil, sendo originária da América do Norte. Está entre as 100 piores espécies invasoras da atualidade, podendo afetar consideravelmente a sobrevivência das espécies nativas como a Leptodactylus latrans, conhecida popularmente como rã-manteiga que apresenta ampla distribuição em nosso país. É considerada predadora e apresenta uma extensa variedade de presas em sua dieta. O objetivo foi caracterizar a composição das dietas de rã-touro e rã manteiga, no Município de Viçosa e circunvizinhos no Estado de Minas Gerais, analisando se há sobreposição de nicho trófico entre as duas espécies de rãs. Material e métodos: a pesquisa foi realizada no Laboratório do Ranário Experimental da UFV e, as coletas, nos Municípios de João Monlevade, Ubá, Viçosa e Visconde do Rio Branco. Os animais foram capturados próximos aos cursos d’ água e ainda em campo, eutanasiados e marcados segundo Martof (1953). Os segmentos do tubo digestório foram isolados, pesados e acondicionados em frascos contendo álcool 70%, com identificação em papel vegetal. A verificação do conteúdo do tubo digestório foi realizada macroscopicamente e posteriormente, com auxílio de estereomicroscópio. Foram medidos e pesados os órgãos e aferidos os volumes e tamanhos das presas encontradas, de acordo com cada tipo de presa. Resultados: foram capturados 10 exemplares de rã-touro e 13 de rã-manteiga. Ambas as espécies de rã, apresentaram 12 presas distintas no conteúdo estomacal. Em rã-touro a dieta constituiu basicamente de Anura (30,50%), Basommatophora (Gastropoda) (27,13%) e Hymnoptera (Formicidae) (20,77%) e em rã-manteiga, Coleoptera (37,83%), Pulmonata (16,95%) e Blattaria (14,88%). Com relação à análise de Frequência Volumétrica (FVt), as presas de rã-touro mais evidenciadas foram: Formicidae (44,78%), Anura (33,13%) e Basommatophora (13,25%). A FVt das presas contidas no conteúdo estomacal dos exemplares de rã-manteiga demonstrou que a ordem Blattaria (77,11%) foi a que apresentou maior FVt, seguida por Hymnoptera (Apidae) (10,80%) e Coleoptera (8,24%). O volume e proporções das presas contidas em rã-touro foram maiores que as presas dos exemplares de rã-manteiga, assim como o sistema digestório da espécie exótica apresentou maiores proporções que o da rã nativa. Conclusões: ocorreu canibalismo nos exemplares de rã-touro. Não se pode afirmar que uma espécie influenciou a sobrevivência da outra dentre os locais que foram feitas as capturas dos exemplares. As presas mais consumidas pelas duas espécies foram diferentes e com isso, nenhuma das espécies torna-se competitiva para outra com relação à disponibilidade de presas ingeridas.
Palavras-chave Rã-touro, Rã-manteiga, Conteúdo gastrointestinal
Forma de apresentação..... Painel
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