Resumo |
A Rede Agroecológica de Prosumidores Raízes da Mata, nasceu em 2011 a partir de uma iniciativa conjunta dos grupos agroecológicos de Viçosa, produtores e produtoras familiares rurais da região, empreendimentos da economia solidária e parceiros ativos no movimento agroecológico como o Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) e a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP-UFV). Durante três anos a Rede Raízes da Mata trabalhou exclusivamente com a realização das distribuições semanais efetuadas a partir das encomendas virtuais realizadas pelos prosumidores/ras da mesma. Em 2014 a Rede Raízes da Mata inicia uma estratégia de comercialização por meio de Feira. Nesse sentido, foi realizada a primeira feira com objetivo de experimentação. A partir disso, as feiras livres passaram a ser realizadas uma vez a cada mês como mais uma das estratégias adotadas pela Rede para diversificar a forma de comercialização, divulgar os princípios da produção agroecológica e fomentar o consumo consciente para um público cada vez maior na cidade de Viçosa. Essa ação, que promove a aproximação dos consumidores e produtores pela compra direta elimina um grande problema da agricultura familiar, que são os atravessadores e também possibilita maior visibilidade e acesso ao movimento agroecológico na região. Através de uma metodologia participativa e interativa, as feiras também promovem apresentações culturais, oficinas temáticas que são oferecidas por produtores/as e consumidores/as disseminando e consolidando o conhecimento popular e é claro a comercialização de diversos produtos, agregando um número significativo de produtores na sua construção. A Incubadora Tecnológica de Cooperativas populares realiza um trabalho junto a Rede Raízes da Mata, e acompanha o processo de realização das feiras livres mensais, que tem representado um avanço no que diz respeito a autogestão e autonomia do grupo. Além disso, a ITCP colaborou com a organização estrutural da feira, através da compra de barracas específicas e também no apoio à divulgação. A feira livre pode ser considerada a mais significativa opção disponível para os/as pequenos/as agricultores/as de base familiar comercializarem seus produtos, visando uma dinamização da economia local, para a geração de trabalho e renda no campo, além de oferta de alimentos saudáveis para populações urbanas. Essa prática de produção privilegia o trabalho coletivo, a autogestão, a justiça social, o cuidado com o meio ambiente e a responsabilidade com as gerações futuras. |