Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4089

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Giovanna Guimarães Santos
Orientador SIRLENE SOUZA RODRIGUES SARTORI
Outros membros Cinthia Kazue Arizono, Daiane Cristina Marques dos santo, Ítalo Augusto da Costa Soares, RENATO NEVES FEIO
Título Morfometria do Trato Gastrointestinal de Répteis Squamatas
Resumo O conhecimento a respeito das adaptações morfofuncionais do tubo digestório permite entender o regime e comportamento alimentares das espécies e contribui com estudos nas áreas da fisiologia, patologia, filogenia, nutrição e conservação animal. Porém a escassez de trabalhos sobre a morfologia interna de répteis deixa uma lacuna no que diz respeito ao sistema digestório. Assim sendo, o presente trabalho busca descrever morfometricamente o trato gastrointestinal de dois répteis squamatas, Tropidurus torquatus e Tupinambis merianae. Para tal, foram coletados três exemplares de cada espécie, sendo eutanasiados com superdosagem de barbitúrico injetado intraperitonialmente. O tubo digestório foi retirado e fixado em Formalina de Carson por 24 horas e, posteriormente, fragmentos do estômago e intestino delgado foram processados para inclusão em resina, seccionados em 3μm de espessura e corados com Azul de Toluidina. As medidas morfométricas realizadas para cada segmento foram: a espessura das camadas mucosa, submucosa e muscular, o comprimento das fossetas e glândulas gástricas e a altura e largura das pregas intestinais, sendo feitas, aleatoriamente, 20 medições de cada parâmetro. Histologicamente as duas espécies são similares, apresentando algumas diferenças morfométricas. A mucosa estomacal, devido a presença das glândulas gástricas, é a mais espessa e representa mais de 55% da espessura da parede do órgão em ambas espécies. A submucosa gastrointestinal é pouco desenvolvida, principalmente em T. torquatus, no qual representa entre 5 e 13% da espessura da parede. A túnica muscular estomacal é maior que a intestinal, principalmente na região pilórica, tendo cerca de 170 µm em T. torquatus e 460 µm em T. merianae, o que reflete a função motora deste segmento, estando envolvido com a trituração, mistura e esvaziamento gástricos. Na maior parte do trato gastrointestinal, a muscular de T. merianae é mais espessa que a de T. torquatus, representando maior percentual da parede, o que possivelmente esteja relacionado com seu regime alimentar diversificado, com mais itens de natureza vegetal. Em ambas espécies as glândulas fúndicas (cerca de 65 µm em T. torquatus e 189 µm em T. merianae) são maiores que as pilóricas (cerca de 47 µm em T. torquatus e 62 µm em T. merianae), e as fossetas pilóricas (em média 115 µm em T. torquatus e 182 µm em T. merianae) são maiores que as fúndicas (101 µm em T. torquatus e 77 µm em T. merianae, em média), o que implica em maior atividade secretória na região fúndica. O intestino delgado apresentou longas e delgadas pregas na região cranial (641 µm de altura em T. torquatus e 1114 µm em T. merianae, aproximadamente), tornando-se menores em sentido caudal (cerca de 427 µm de altura em T. torquatus e 906 µm em T. merianae, na região caudal). Tais pregas são responsáveis por ampliar a superfície digestiva e absortiva, uma vez que não há vilosidades no trato intestinal destas espécies.
Palavras-chave Tropidurus torquatus, Tupinambis merianae, histologia
Forma de apresentação..... Oral
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