Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 4029

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e cirurgia animal
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Amanda Alcantara Baptista
Orientador BRUNNA PATRICIA ALMEIDA DA FONSECA
Título Mensuração da Área Seccional do Músculo Multífidus de Equinos por Meio da Ultrassonografia
Resumo Com o aumento do número e da qualidade dos equinos, observa-se crescimento da exigência atlética dos mesmos. Isso, associado à característica das provas de marcha, que exigem um grande esforço físico do animal, principalmente sobre o sistema musculoesquelético, gera alta incidência de afecções do sistema locomotor. Dentro do conjunto de enfermidades do sistema locomotor está a dor lombar. A estabilidade da coluna é conhecida por ser um importante contribuinte para a patogênese da dor lombar em humanos. Estudos em suínos confirmaram que o músculo multífidus é o maior estabilizador da coluna em quadrúpedes. Em equinos com dor lombar, atrofia generalizada secundária da musculatura epaxial foi relatada por alguns autores. O objetivo desse estudo foi mensurar a área do músculo multífidus da região toracolombar de equinos da raça Mangalarga Marchador que não apresentem dor lombar com auxílio da ultrassonografia, determinando a área media desse músculo nessa raça em pontos específicos. Isso determina se há diferença entre a área muscular entre os pontos de medição, avalia a simetria entre o músculo dos lados direito e esquerdo e serve como subsídio para comparar a área muscular de equinos normais e portadores de dor lombar. Foram utilizados 20 animais marchadores, com idade entre 4 e 12 anos, de ambos os sexos, em atividade e que não apresentassem queixa de claudicação ou dor lombar. Nesses animais foram adquiridas imagens ultrassonográficas na décima, décima-segunda, décima-quarta, décima-sexta, décima-oitava vértebras torácicas (T10, T12, T14, T16 e T18) e na terceira e quinta vértebra lombar (L3 e L5) usando um transdutor setorial de 3,5 MHz, sendo obtidas 6 imagens de cada segmento (3 para o antímero esquerdo e 3 para o direito). Um software próprio foi utilizado para a mensuração da área seccional do músculo direito e esquerdo das imagens obtidas nos 7 níveis vertebrais dos 20 animais examinados. Para cada imagem obtida, a área muscular foi medida 3 vezes pela mesma pessoa. O resultado da mensuração mostrou que o músculo apresenta media de 7,28 cm² na vértebra T10, 7,68 cm² na T12, 7,85 cm² na T14, 7,88 cm² na T16, 7,61 cm² na T18, 7,38 cm² na L3 e 7,32 cm² na L5. Não houve diferença estatística no tamanho muscular entre o lado esquerdo e direito. Apesar da diferença na forma e ecogenicidade observada nos diferentes pontos de medição, pode-se considerar que existe uma regularidade nos valores de área seccional ao longo dos segmentos analisados. Foi observada uma correlação direta entre sexo e tamanho muscular médio, os dados indicaram que garanhões apresentaram maior área em relação a fêmeas e machos castrados. Portanto, para uma análise mais apurada deve-se separar esses dois grupos e considerar suas diferenças. A mensuração ultrassonográfica de determinados músculos pode ser considerada um método não invasivo para o monitoramento muscular e diagnóstico de dor lombar em equinos desde que sejam consideradas características como raça e sexo.
Palavras-chave Dor lombar, Músculo Multífidus, Mangalarga Marchador
Forma de apresentação..... Painel
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