ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | História |
Setor | Departamento de História |
Conclusão de bolsa | Não |
Primeiro autor | Edilan Martins de Oliveira |
Orientador | PRISCILA RIBEIRO DORELLA |
Título | Coordenação e Integração: Alberto Torres e a Construção do Estado Nacional |
Resumo | Esse trabalho pretende realizar uma análise das concepções de Alberto Torres, ressaltando a sua contribuição para a formulação de um pensamento autoritário no Brasil. Torres passou da prática à teoria, escrevendo suas principais obras O Problema Nacional Brasileiro (1914) e A Organização Nacional (1914), após ter exercido diversos cargos públicos, entre os quais ministro do STF, ministro do Interior e entre 1896 e 1900, presidente do Rio de Janeiro. A proeminência de Alberto Torres na história das ideologias no Brasil pode ser medida pela “escola” de seus discípulos e recuperadores, principalmente na década de 30, bem como pela situação privilegiada que ocupa na linhagem do chamado “pensamento nacionalista”, que floresceu nos anos 50. Alberto Torres articulou inquietações, exprimiu críticas e delineou reformas que estavam na mente de muitos do que o cercavam. Poucos tinham chegado ao ponto de transformá-las em formulações. Ele martelou temas que estavam a pique de chamar a atenção da elite: anti-rascismo, nacionalismo econômico, reforma constitucional e a necessidade de soluções nacionais, não de fórmulas estrangeiras. Dessa forma, o autor torna-se paulatinamente “tema de uma geração”, sendo louvado, citado e reverenciado por intelectuais e cientistas das mais variadas correntes ideológicas. Meu objetivo nesse trabalho foi o de buscar apreender, com base na análise das obras de Torres e apoiando-me na bibliografia especializada, a importância desse pensador na elaboração teórica de uma vertente nacionalista que teria larga fortuna na cultura brasileira do século XX. A partir de tal linha, é possível a formulação de questões que não apenas ajudam a situar o autor em sua época, mas esclarecem o sentido da influência por ele exercida: quais os fundamentos de sua crítica ao liberalismo, como se define o seu nacionalismo, e como ele o tomou como pressuposto para a construção de todo um projeto de para a nação? E ainda, como é possível relacionarmos os delineamentos básicos de sua obra com a sua atividade enquanto político e, principalmente, com as frustrações dela decorrentes? São estas as questões que procurei responder ao longo desse trabalho. Verificou-se principalmente que para Torres a adoção de uma política liberal inviabilizaria a adoção, pelo Estado, do papel que cabe a ele exercer, que é o de construir as bases da nacionalidade. E o nacionalismo permitiria às elites brasileiras firmarem um compromisso com a nacionalidade que até então, segundo ele, mal foi esboçado. Definindo estes dois caminhos – um autoritário, outro nacionalista – e conjugando-os, Torres disseminou sua influência. Seu antiliberalismo, deriva do contraste por ele percebido entre a prática política e as ideias liberais, tais como vivenciadas nas instituições políticas das quais participou. Desiludido com a prática política, contudo, Torres não enxerga soluções fora da esfera política e busca transformá-la. |
Palavras-chave | Autoritarismo, Nacionalismo, Anti-liberalismo. |
Forma de apresentação..... | Painel |