Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3994

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação, diversidade e inclusão
Setor Departamento de Economia Rural
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Lívia Rabelo
Orientador JAQUELINE CARDOSO ZEFERINO
Outros membros Ademar Sodré, Carla Cristina Balbino dos Santos, Darllan Victor da Costa Silva, Emerson Alcides da Silva, Leilane Rigoni Bossatto, Paloma Aparecida Anastácio Barros, William Rubens Evangelista Oliveira
Título A beleza negra que resiste: processo de afirmação e divulgação da cultura negra
Resumo Através do Segmento de Artesanato e Cultura, a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de Viçosa (ITCP-UFV) busca promover a valorização da história e cultura afro-brasileira juntamente a Associação Quilombola Herdeiros do Banzo (AQHB) e o Grupo Afro Ganga Zumba (GAGZ), ambos localizados na cidade de Ponte Nova, MG. A incubação da AQHB foi iniciada em 2005, entretanto, dada a rotatividade dos integrantes, dos objetivos e dos princípios do grupo, em 2014 foi realizado novo diagnóstico a fim de verificar quais as necessidades atuais da associação. A partir de então, percebeu-se que o grupo atual é formado, em sua maioria, por mulheres negras, matriarcas que ativamente contribuem com o trabalho da associação em parceria com o GAGZ. Neste contexto, o objetivo do presente trabalho é apresentar os resultados alcançados, por meio das ações de valorização dos saberes e fazeres da cultura negra, desenvolvidas pela parceria entre a ITCP-UFV, a AQHB e o GAGZ. As ações realizadas envolveram a história e cultura africana e afro-brasileira e o empoderamento da mulher negra por meio de oficinas de dança afro-brasileira e ensaios fotográficos. A oficina trouxe elementos essenciais da cultura africana ao contar a história da rainha Njinga, dando sentido e significado aos movimentos estéticos e poéticos, reportando as participantes para um tempo e espaço de resistência negra e presença feminina. As sessões fotográficas foram realizadas em dois momentos e lugares distintos. A escolha dos locais foi realizada através de um processo participativo no qual as próprias mulheres elencaram espaços que historicamente envolveram a presença de negros e negras, mas que no entanto, tem esta memória atualmente esquecida. A primeira sessão foi realizada no Pontilhão de Ponte Nova, espaço centenário considerado cartão postal da cidade, tendo sido de singular importância na época da mineração e, portanto, marcadamente negro. Já a segunda sessão foi realizada no Parque Passa Cinco, um espaço importante na vida de muitas dessas mulheres, pois neste Parque buscavam lenha com suas famílias. Um dos resultados desse processo foi a Exposição Fotográfica: A Beleza Negra que Resiste, realizada durante a VII Troca de Saberes da Universidade Federal de Viçosa, que teve sua abertura energizada pela apresentação cultural dos grupos. As fotografias refletem o colorido, a resistência, a tradição cultural negra. A mesma exposição está prevista para ser exibida em outros dois locais, sendo um deles em Viçosa e outro em Ponte Nova, em seguida, se tornará uma exposição permanente na Sede do GAGZ, no Bairro de Fátima, em Ponte Nova. Outros resultados das ações puderam ser identificados no empoderamento das mulheres que durante os encontros e os ensaios fotográficos fizerem emergir e circular os saberes e fazeres negros, historicamente marginalizados.
Palavras-chave Cultura, Mulher, Quilombola
Forma de apresentação..... Painel
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