Resumo |
No Brasil, tem-se disponível uma grande quantidade de biomassas que podem ser alternativas para produção de pellets, e com esse mercado cada vez mais crescente, a busca por matérias primas com potencial para geração de energia de baixo custo torna-se uma necessidade em atendimento ao setor. Portanto, o objetivo principal deste estudo foi avaliar o potencial de biomassas florestais e agrícolas para produção de pellets. Foram utilizadas as seguintes biomassas florestais (madeira, casca e ponteira de eucalipto e madeira de Pinus) e agrícolas (resíduos de algodoeiro, bagaço de cana-de-açúcar, capim-elefante e palha de arroz). Determinaram-se propriedades físicas, propriedades mecânicas e propriedades químicas das diferentes biomassas e dos pellets produzidos, os quais foram classificados segundo normas de comercialização europeias. Verificou-se que os teores de cinzas de capim-elefante e palha de arroz foram superiores a 10%, com mais de 90% correspondente a sílica. Todos os materiais tinham teores de N superiores a 1,0%; apenas as madeiras de Pinus e eucalipto e resíduos de algodoeiro tinham teores de cloro inferiores a 0,1%. Os pellets de madeira de Pinus e de casca de eucalipto destacaram-se, respectivamente, com maiores valores médios de poder calorífico útil (16,72 MJ.kg-1) e densidade a granel (701,57 kg.m-³). A durabilidade mecânica foi superior a 96,5% para todos os tratamentos e a percentagem média de finos igual a 0,14%. Os pellets de Pinus tinham maior equivalência energética em relação a outros combustíveis e pellets de palha de arroz, a menor equivalência. Somente os pellets de bagaço cumpriram todas as especificações das normas consideradas. Dentre as biomassas florestais, os pellets de madeira de Pinus destacaram-se em relação aos demais, devido ao maior poder calorífico útil e menor teor de cinzas. Dentre as biomassas agrícolas, o bagaço destacou-se com as propriedades mais favoráveis para a produção de pellets, enquanto a palha de arroz teve o menor potencial. |