Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3979

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Gustavo Alves Demuner
Orientador ACELINO COUTO ALFENAS
Outros membros Hélvio Gledson Maciel Ferraz, Lúcio Mauro da Silva Guimarães
Título Identificação de bactérias associadas à mancha-bacteriana do eucalipto no Brasil
Resumo A mancha-bacteriana é uma das principais doenças foliares do eucalipto em viveiro no Brasil. No período de 2003 a 2008, a doença acarretou perdas significativas de mudas e minicepas clonais em vários viveiros do país, cujos prejuízos foram estimados em aproximadamente US$7,5 milhões. A determinação da diversidade fenotípica e genotípica do complexo etiológico da mancha-bacteriana é fundamental para o controle da doença. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi reavaliar o agente etiológico da mancha-bacteriana do eucalipto no Brasil. Foram obtidas 67 culturas bacterianas por isolamento indireto a partir de folhas de eucalipto com sintomas da doença de diferentes regiões do Brasil. Os isolados foram avaliados quanto à patogenicidade em mudas clonais de um clone híbrido de E. urophylla × E. globulus. Três mudas clonais foram inoculadas por atomização da parte aérea com suspensão de inóculo, OD540=0.2 ( 1 × 108 UFC mL-1), de cada um dos isolados. Plantas não inoculadas, apenas atomizadas com água destilada esterilizada serviram como testemunha. Dos 67 isolados obtidos, 41 causaram sintomas típicos da doença, cujos resultados de sequenciamento (16S rDNA) indicou valores de identidade de 100% com bactérias pertencentes ao gênero Xanthomonas. Análise filogenética multi-loco dos genes dnak, fyuA, gyrB e rpoD revelou que os isolados são filogeneticamente relacionados com X. axonopodis e X. perforans. Entretanto, estudos recentes têm revelado que X. perforans pode ser considerado uma subespécie de X. axonopodis. A caracterização fisiológica e bioquímica dos isolados patogênicos foi obtida por meio de testes de: (i) Gram (solubilidade em KOH 3%), (ii) crescimento em meio Yeast Dextrose Calcium (YDC), (iii) oxidase, (iv) hidrólise de amido, (v) atividade da enzima catalase, (vi) liquefação de gelatina, (vii) produção de H2S a partir de cisteína, (viii) atividade da enzima urease, (ix) redução de NO3, (x) utilização de asparagina como única fonte de carbono e nitrogênio, (xi) hidrólise de esculina, (xii) crescimento anaeróbico, (xiii) produção de pigmentos fluorescentes em meio King-B e (xiv) produção do pigmento xanthomonadina. Todos os isolados foram Gram negativos pelo teste KOH. Em meio YDC, as colônias foram amarelas e mucilaginosas. Todos os isolados produziram xanthomonadina. Os isolados bacterianos foram positivos para hidrólise de amido, catalase, liquefação de gelatina, produção de H2S e hidrólise de esculina e negativos para oxidase, urease, redução de NO3. Não houve crescimento em condições de anaerobiose, não foram produzidos pigmentos fluorescentes e também não ocorreu crescimento em meio contendo asparagina. Os testes bioquímicos e fisiológicos, juntamente com os resultados das análises moleculares, demonstraram que X. axonopodis é o agente etiológico da mancha bacteriana no Brasil.
Palavras-chave Xanthomonas axonopodis, Eucalyptus spp., Análise multi-loco
Forma de apresentação..... Oral
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