Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3971

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa BIC-Júnior
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Francy Hellen Moraes do Nascimento
Orientador ARISTEA ALVES AZEVEDO
Outros membros CLEBERSON RIBEIRO, Daniela Grijó de Castro, Samara Arcanjo e Silva
Título Abundância relativa de alumínio nos tecidos de espécies nativas do cerrado
Resumo A toxidez do alumínio (Al) é a principal limitação para o cultivo de espécies vegetais em solos ácidos. Entretanto, plantas nativas destes solos, como as do Cerrado, podem evitar a absorção do metal ou acumular diferentes quantidades na parte aérea sem que ocorra toxidez. Testes histoquímicos indicam a presença de Al principalmente em paredes pectocelulósicas, contudo não permitem avaliar em que tecido o metal é mais acumulado. Assim, nosso objetivo foi determinar a abundância relativa de Al (%) nos tecidos de espécies nativas do Cerrado. Amostras de caule e folha de três indivíduos de Eugenia dysenterica DC. (Myrtaceae), não acumuladora de Al, e de Qualea parviflora Mart. e Q. multiflora Mart. (Vochysiaceae), acumuladoras, foram coletadas em cinco ambientes na FLONA de Paraopeba/MG. A disponibilidade de Al nos solos onde as amostras foram coletadas segue a seguinte ordem decrescente: cerradão distrófico sobre Latossolo vermelho (CD-LV), cerrados sensu stricto sobre Cambissolo (Css-Cxb), Latossolo amarelo (Css-LA) e Latossolo vermelho amarelo (Css-LVA) e cerradão mesotrófico sobre Latossolo vermelho (CM-LV). As amostras foram fixadas em Karnovsky, desidratadas, secas ao ponto crítico e vaporizadas com carbono para análise em microscópio eletrônico de varredura, com sonda de raios X acoplada, no Núcleo de Microscopia e Microanálise da UFV. A abundância relativa de Al nos tecidos de E. dysenterica variou de 0,5 a 1,0% e foi menor do que a observada em espécies de Qualea. Nas fibras e nos elementos de vaso do xilema, que possuem parede celular lignificada, não houve acumúlo de Al. O padrão de alocação do metal também foi diferente entre as espécies. No caule, E. dysenterica apresentou maior porcentagem de Al na periderme, tecido mais externo, enquanto nas espécies acumuladoras o metal foi mais acumulado no parênquima medular, tecido mais interno. Na folha, não houve diferença significativa entre os tecidos de E. dysenterica; em Q. parviflora e Q. multiflora os tecidos com paredes pectocelulósicas apresentaram as maiores porcentagens do metal, em especial o floema e o parênquima fundamental. A abundância relativa de Al na lâmina foliar foi maior do que na nervura mediana em Q. parviflora e Q. multiflora; em E. dysenterica não houve diferença. Q. multiflora, apesar de possuir acúmulo de Al nos cloroplastos (conforme teste histoquímico), apresentou menor porcentagem do metal nos tecidos onde ocorre fotossíntese. Na comparação entre os ambientes não houve diferença entre a porcentagem de Al nos tecidos de E. dysenterica. Q. multiflora não apresentou um padrão relacionado ao solo e em Q. parviflora a maioria dos tecidos obteve maior abundância relativa do metal no CD-LV. Os resultados comprovam que o Al é sequestrado em paredes pectocelulósicas e que os tecidos mais internos possuem maior porcentagem de Al nas espécies acumuladoras estudadas. Em E. dysenterica a porcentagem de Al é baixa e não há grandes diferenças de acúmulo entre os tecidos.
Palavras-chave Eugenia dysenterica, Qualea parviflora, Qualea multiflora
Forma de apresentação..... Painel
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