Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3961

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia, produção e manejo vegetal (agrícola e florestal)
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Cinthia Grazielle Carvalho Andrade
Orientador MARCIO LOPES DA SILVA
Outros membros Aguida Beatriz Travaglia Viana, Dárlison Fernandes Carvalho de Andrade, João Ricardo Vasconcellos Gama, Lia de Oliveira Melo
Título Estrutura e padrão de distribuição espacial de Minquartia guianensis Aubl. (Olacaceae) na Floresta Nacional do Tapajós, Pará, Brasil
Resumo A Amazônia é detentora de uma diversidade florística que potencializa este ecossistema para o Manejo Florestal. Dentre as espécies que compõe este bioma encontra-se a Minquartia guianensis Aubl. (Acariquara), da família Olacaceae, que apresenta fuste fenestrado e acanalado, alta resistência mecânica e durabilidade da madeira. É uma espécie utilizada, em cidades da região norte do Brasil, na construção civil e, para a confecção de estaca, dormente, mourão e poste de madeira, mas pouco estudada. Por isso, o presente trabalho tem por objetivo analisar a estrutura e distribuição espacial de Minquartia guianensis em uma área não manejada da Floresta Nacional do Tapajós. Foram utilizados dados de inventário florestal realizado na Floresta Nacional do Tapajós, coletados por meio de amostragem estratificada em uma área de 36.925,33 ha, sendo que ao longo de sete faixas foram alocadas as 94 parcelas de 30 m x 250 m, equidistantes a 500 m, resultando em uma amostra de 70,5 ha. Em cada parcela inventariada sistematicamente considerou-se as seguintes classes de tamanho (CT): CT 1 - 10 cm ≤ DAP < 25 cm em subparcela de 30 m x 50 m; CT 2 - 25 cm ≤ DAP < 50 cm em subparcela de 30 m x 100 m; e CT 3 - DAP ≥ 50 cm na parcela de 30 m x 250 m. Foi realizada a análise estrutural e da distribuição espacial da espécie, por meio do índice de Payandeh. Os indivíduos foram distribuídos em classes diamétricas, com intervalo de 10 cm. Foram amostrados 226 indivíduos de Minquartia guianensis, o que representou uma densidade de 12 árv.ha-1, área basal de 0,49 m2.ha-1 e volume de 3,13 m3.ha-1. A espécie foi registrada em 71 das 94 parcelas inventarias. A menor altura registrada foi 4 m e a maior 19 m. Na análise da estrutura populacional, observou-se que a curva de distribuição de densidade de indivíduos por classe de diâmetro e tamanho representou a típica forma de J invertido, ocorrendo a diminuição no número de indivíduos à medida que se avalia as diferentes classes de tamanho, caracterizando forma assimétrica negativa. Devido à tendência regular com 75,35% dos indivíduos na CT 1, observa-se que a população está em equilíbrio entre as diferentes classes diamétricas, bem como na regeneração natural, sendo promissora para a colheita de madeira. A avaliação do Índice de Dispersão de Paydandeh, para toda população, indicou um padrão de distribuição agrupado, podendo ser resultante da heterogeneidade ambiental, ao padrão de dispersão das sementes e da probabilidade de sobrevivência das plântulas. Considerando a presença de um estoque alto de indivíduos entre as árvores de menor porte (10 cm ≤ DAP < 50 cm), que são as de interesse do mercado consumidor, devido à legislação brasileira considerar o DAP mínimo para corte de 50 cm, percebe-se o potencial econômico que poderia ser aproveitado da espécie.
Palavras-chave Manejo florestal, Distribuição diamétrica, Amazônia
Forma de apresentação..... Painel
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