Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3923

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática História
Setor Departamento de História
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Fernando Altoé
Orientador RUBENS LEONARDO PANEGASSI
Título Moral, política e religião: um estudo do Panegírico de D. João III (1533) do humanista português João de Barros
Resumo João de Barros nasceu em 1496 e morreu em 1557. Bastardo nobilitado na Corte, exerceu importantes cargos no âmbito da administração portuguesa, dentre eles o de feitor da Casa da Índia, entre os anos de 1533 e 1557. A par de sua carreira como funcionário, Barros manteve intensa atividade como homem de letras, tendo escrito sobre temas como a valorização da língua portuguesa, o ideal pedagógico, a expansão ultramarina, a polêmica antijudaica e a centralização do poder real, o que o torna um dos principais representantes da cultura letrada portuguesa renascentista do século XVI. Dentre as inúmeras obras que o humanista escreveu, nosso interesse recai principalmente sobre o “Panegírico de D. João III”, uma peça encomiástica de 1533 que se ocupa não apenas de elogiar o monarca, mas que revela, sobretudo, a posição do autor frente aos dilemas e às contradições que o cercavam, em matérias de cunho moral, religioso e político. Ao examinar as ideias expressas no texto acerca da conservação do Estado, da relação entre Estado e religião, da paz e da guerra e das virtudes do governante, é possível cogitar que autores como Erasmo de Roterdã e Nicolau Maquiavel tiveram importância na formação do humanista português, da mesma forma que há ecos de suas ideias em autores como Giovanni Botero, o primeiro a teorizar sobre a doutrina da razão de Estado. Nosso propósito, aqui, reside principalmente em avaliar as ideias de Barros sobre os temas acima relacionados e intrínsecos à arte de governar, confrontando-as com as ideias expressas na “Educação de um príncipe cristão”, de Erasmo, e nos “Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio” e n“O príncipe”, de Maquiavel, a fim de apurarmos os temas, juízos e opiniões compartilhados pelos autores. Portanto, é em torno de tais conexões que o nosso trabalho incide, sendo desenvolvido no âmbito do projeto “O ‘modus operandi’ do Panegírico de D. João III: um estudo das ideias políticas de João de Barros na relação com Nicolau Maquiavel e os ecos em Giovanni Botero (1531-1589)”, financiado pela FAPEMIG.
Palavras-chave João de Barros, Erasmo de Roterdã, Nicolau Maquiavel
Forma de apresentação..... Painel
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