Resumo |
INTRODUÇÃO: A equipe de saúde inserida no âmbito hospitalar, frequentemente se depara com circunstâncias que oferecem risco de morte aos pacientes, sendo a Parada Cardiorrespiratória (PCR) uma das maiores emergências clínicas presenciadas pelos mesmos. A eficácia da ressuscitação cardiopulmonar (RCP) está relacionada à rapidez no reconhecimento de uma PCR e o atendimento precoce. Para tanto, os profissionais de saúde precisam ter conhecimentos teóricos atualizados e habilidades técnicas para organizar e executar adequadamente a RCP. Por assistirem diretamente aos pacientes, os enfermeiros e técnicos de enfermagem são os primeiros profissionais a identificar uma PCR em um hospital. Todavia, é transferida a responsabilidade à eles acerca do reconhecimento e início rápido das manobras de RCP. OBJETIVOS: Atualizar os enfermeiros acerca do protocolo de atendimento em PCR preconizado pela American Heart Association (AHA). METODOLOGIA: Estudo quase experimental, do tipo antes e depois, prospectivo, cuja intervenção empregada foi a realização de capacitações acerca do atendimento à uma PCR, tendo como base as recomendações da AHA de 2010. As capacitações foram desenvolvidas utilizando-se metodologia dinâmica, com abordagem teórico-prática. Foi aplicado um instrumento de pré e pós teste baseados na Escala de Likert. Além disso, foi realizada a observação direta da prática do participante e simultâneo preenchimento de um checklist. Foram abordados os assuntos suporte básico e avançado de vida, ministrados em 2 dias (4 horas/dia), para um total de 23 enfermeiros. RESULTADOS: Observou-se que grande parte dos participantes sabiam como atuar em uma PCR, porém apresentavam limitações em seguir o protocolo de atendimento proposto pela AHA 2010. Houve incongruências no que se refere a quantidade e qualidade das compressões e ventilações realizadas no suporte básico e avançado de vida, que puderam ser avaliadas pelo pré teste e checklist. Outro ponto refere-se ao desconhecimento de muitos quanto aos ritmos cardíacos chocáveis ou não pelo desfibrilador e as medicações utilizadas neste tipo de atendimento. Durante o treinamento, os participante tiveram suas dúvidas sanadas, tanto na prática quanto na teoria, fato que pode ser percebido na avaliação do pós teste.CONCLUSÃO: O treinamento foi primordial para empoderar o enfermeiro a atuar ativamente e eficazmente em uma PCR, além de desmistificar conceitos ultrapassados, modificando o modo de pensar e de agir, fato que poderá impactar positivamente no atendimento de pacientes nesta situação. |