Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3906

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Arquitetura e paisagismo
Setor Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Ligiana Pricila Guimarães Fonseca
Orientador JOYCE CORRENA CARLO
Título Otimização da forma e componentes construtivos de um abrigo emergencial para quatro zonas bioclimáticas brasileiras
Resumo Apesar de não ser ainda largamente utilizada na construção civil, a otimização ligada a parametrização da forma apresenta-se como uma ferramenta interessante para a obtenção de edificações com maior nível de conforto. A modelagem digital tem se desenvolvido aceleradamente nas últimas décadas, e alguns softwares disponíveis atualmente permitem uma maior interoperabilidade com outros campos de trabalho que extrapolam a matriz curricular dos arquitetos, além de trazer mudanças à forma de concepção de projetos. O objetivo deste trabalho foi conceber a volumetria base de um abrigo paramétrico e otimizar a forma e materiais de vedação do abrigo para quatro zonas bioclimáticas brasileiras com base em seu desempenho térmico. A geometria do modelo foi criada através do plug-in Grasshopper, que opera dentro do software de modelagem Rhinoceros. Após definidos os parâmetros na modelagem (pé-direito, áreas de abertura para ventilação em cada fachada, proteções solares e espessura dos componentes da envoltória), foram reproduzidas na linguagem do programa as equações para determinação da eficiência da envoltória apresentadas nos Requisitos Técnicos da Qualidade de Efificações Residenciais (RTQ-R). Integrando-se o Grasshopper a algoritmos genéticos e ao software de simulação termo-energética Energy Plus, foi possível otimizar a envoltória do abrigo para quatro cidades brasileiras pertencentes a diferentes zonas bioclimáticas. O resultado final da otimização foram quatro abrigos com a mesma linguagem formal, porém com diferenças nos materiais de vedação e elementos da envoltória, de modo que cada um seja mais adaptado às condições de conforto exigidas para um bom nível de eficiência em cada ZB, de acordo com o RTQ-R. O nível de eficiência final para as zonas bioclimáticas 2, 3 e 8 foi B, enquanto para a ZB5, foi atingido nível A (mais eficiente na escala A-E). Como contraponto, a otimização da forma exigiu um conhecimento técnico mais aprofundado das estratégias bioclimáticas mais apropriadas para cada ZB, de modo que o processo não foi tão automatizado como se esperava. Como conclusão, a parametrização permite não apenas uma flexibilidade na criação da forma de edificações como também aproxima a arquitetura do campo da programação. A otimização é uma ferramenta interessante para auxiliar na tomada de decisões projetuais do arquiteto e pode ser bem utilizada para conciliar o design formal e o desempenho ambiental da edificação. No entanto, é necessário ao arquiteto um conhecimento prévio mais aprofundado sobre estratégias de conforto ambiental.
Palavras-chave modelagem paramétrica, conforto ambiental, otimização
Forma de apresentação..... Painel
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