Resumo |
A utilização de células progenitoras (células-tronco) tem se destacado frente aos diferentes tipos de tratamentos para pacientes com lesão espinhal. Transplantes com células-tronco (CT) tornam-se promissores devido a capacidade dessas células em se diferenciarem nos diversos tipos celulares dos diferentes tecidos dos organismos. A terapia celular com base na utilização de células-tronco mesenquimais (CTM) vem sendo empregada em alguns modelos experimentais, apresentando resultados satisfatórios quanto a regeneração de áreas lesadas. O presente trabalho teve como objetivo comparar os padrões histomorfológicos e morfométricos das lesões compressivas da medula espinhal em ratos Wistar tratados e não tratados com células-tronco mesenquimais. Para tanto, foi realizada lesão medular em 20 animais, separados em 2 grupos experimentais. Após coleta de medula óssea de 4 animais, isolamento, expansão e diferenciação, a população celular em estudo foi administrada aos animais constituindo um dos grupos experimentais. Após 7 e 21 dias da cirurgia, os animais foram eutanasiados. Foi coletado da medula um segmento de 2 cm contendo o local de reparação ao centro para posterior análise morfométrica e histológica na microscopia de luz. Na avaliação da microscopia de luz foi observada necrose grave e extensa nos fragmentos de lesão e segmentos adjacentes à lesão nos grupos tratados e não tratados. A comparação do percentual de área lesada entre os grupos tratados e não tratados, independentemente do período da eutanásia, não foi significativa. Em contrapartida os animais tratados com CTM, eutanasiados no 7˚ dia, analisados separadamente, apresentaram diminuição significativa no percentual da área da lesão em relação ao grupo controle do mesmo período de eutanásia. Concluiu-se que as CTM constituem um tratamento capaz de auxiliar na prevenção inicial do dano tecidual secundário no trauma medular após 7 dias da sua administração. Provavelmente, algum tipo de efeito telécrino é o mecanismo de sua contribuição, uma vez que as CTM não foram observadas na área da lesão. |