Conexão de Saberes e Mundialização

19 a 24 de outubro de 2015

Trabalho 3873

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Isabela Berbert da Guia
Orientador LEANDRO LICURSI DE OLIVEIRA
Outros membros Gracielle Rodrigues Pereira
Título Avaliação da atividade da lectina de Bothrops sobre a formação e estabilidade do biofilme de Staphylococcus aureus
Resumo Nos venenos de serpentes encontra-se uma grande variedade de proteínas, enzimas e peptídeos biologicamente ativos. Dentre essas proteínas está a lectina tipo C, que é uma proteína capaz de se ligar a carboidratos, aglutinando células e precipitando polissacarídeos ou glicoproteínas. Moléculas de polissacarídeos e glicoproteínas são constituintes da matriz extracelular protetora dos biofilmes bacterianos. O biofilme bacteriano de Staphylococcus aureus está frequentemente associado à infecções, que vão desde casos simples até infecções graves. Os biofilmes têm grande importância sanitária e econômica, são geralmente encapsulados por uma matriz extracelular protetora, formada por diversos componentes entre eles polissacarídeos e proteínas. São resistentes à remoção e ao tratamento com antimicrobianos, sendo necessário o desenvolvimento de novas técnicas para facilitar sua remoção ou prevenir sua formação. O objetivo deste trabalho foi de avaliar o efeito da lectina tipo C de serpentes do gênero Bothrops na formação e estabilidade do biofilme de S. aureus. Foram realizados experimentos avaliando a ação da lectina em diferentes concentrações e em diferentes intervalos de tempo. As amostras foram incubadas em placas de 96 poços, a 37 ºC, e a quantificação feita por meio da leitura de absorbância a 600nm para bactérias planctônicas e a 595nm, após coloração cristal violeta, para biofilme. Não houve relação entre a ação da lectina e o crescimento de bactérias planctônicas, visto que não ocorre a formação da matriz extracelular complexa, onde se espera que a proteína atue. Não houve ação da proteína na degradação do biofilme já formado, possivelmente devido à dificuldade de penetração e talvez, como no caso de antibióticos, à defesas das células à possíveis toxinas. Nos ensaios de prevenção a lectina-C apresentou resultados positivos, diminuindo a formação de biofilme nas concentrações de 100 µg/mL e 200 µg/mL. Mais estudos são necessários nesse sentido para averiguar a melhor a relação entre a quantidade da proteína e a resposta da inibição da formação do biofilme. Sendo possível, posteriormente, a criação de uma proteína recombinante para produção em escala comercial.
Palavras-chave S. aureus, biofilme, lectina
Forma de apresentação..... Painel
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