Resumo |
O presente trabalho é um relato de experiência, produto do projeto de ensino realizado no primeiro semestre letivo do ano de 2015, a partir das observações realizadas pelo autor durante o tempo de permanência na instituição escolar. O projeto foi realizado com os educandos do sexto ano B e C do ensino fundamental da Escola Estadual Effie Rolfs, situada no campus da Universidade Federal de Viçosa. No que tange as práticas do ensino escolar e especialmente no ensino de geografia duas observações se destacaram: A primeira é a pouca variação de metodologias de ensino prevalecendo o uso estrito e excessivo do livro didático e dos exercícios propostos por ele e, a segunda foi a ausência de aulas de campo, entendida por nós como indispensável no processo de ensino por aproximar os educandos das realidades estudadas em sala de aula. Com intuito de proporcionar aos educandos experiências com outros métodos de ensino além daqueles vivenciados no cotidiano; incentivar o trabalho em equipe e a interpretação da realidade em que estão inseridos; desenvolver o raciocínio crítico; construir material com didático sobre o tema e indicar a escola e os professores a possibilidade de diversificação dos métodos, propomos a partir do ensino do relevo uma metodologia que utilizasse aulas de campo e aulas expositivas com maquetes, projeção, vídeos, e imagens, e principalmente perfazendo o caminho oposto do indicado no livro didático, esse que propõe o ensino de relevo a partir das grandes unidades do relevo: montanhas, planaltos, planícies e depressões. Nós propomos o ensino do relevo a partir das pequenas unidades do relevo característicos da cidade de Viçosa/MG e que são percebíveis no dia-a-dia dos educandos como: leito menor, leito maior, terraço, elevações para depois lidar com as grandes unidades do relevo, trabalhar os agentes de formação e transformação do relevo simultaneamente ao processo de uso e ocupação do relevo, propomos também um estudo comparativo entre a turma do sexto ano B que saiu a campo e a turma do sexto ano C que por motivos de logísticas não saiu a campo. O processo de desenvolvimento do projeto foi norteado pelos objetivos supracitados, assim de modo geral, podemos afirmar que eles foram alcançados, no campo das percepções pessoais do autor as aulas ministradas no sexto ano B, tiveram maior rendimento e participação dos educandos durante as aulas em relação ao rendimento e participação das aulas dos educandos do sexto ano C. No campo empírico 19 educandos no total de 34 do sexto ano B obtiveram nota máxima na avaliação escrita ao posso que apenas 2 educandos no total de 33 tiraram nota máxima no sexto ano C. Acreditamos no longo caminho a ser percorrido para melhorar a conjuntura do sistema escolar, contudo julgamos ser imprescindível nesse processo as iniciativas de caráter pessoal e contra hegemônico que visem mudar as realidades escolares. |